Porto de Rosário passa ileso, mas o de Buenos Aires é afetado

A greve realizada por caminhoneiros independentes da Transportistas Unidos da Argentina (TUDA) não teve qualquer impacto no fluxo de grãos para o Rosário em janeiro, segundo informações da TF Agroeconômica, citando um analista da Junta Comercial de Rosário (BCR). “É claro que o número de caminhões que transportavam grãos para terminais para Rosário está em linha com os volumes esperados e em um nível semelhante em relação ao mesmo mês dos anos anteriores”, disse Federico Di Yenno, analista da BCR.

“Os caminhões com soja atingiram um total de 26.000 em janeiro, um nível muito semelhante ao de janeiro de 2020, enquanto os caminhões com trigo somaram 14.000, bem abaixo de janeiro de 2020 (32.000), mas o que é explicado em grande parte pela menor produção de trigo no norte e centro do país”, disse o analista. “No milho, 14.500 caminhões foram registrados nos terminais de Rosário, abaixo de janeiro de 2020, no entanto, o declínio é explicado principalmente pelo maior uso da ferrovia”, completa.

No entanto, greve continua interrompendo os portos da província de Buenos Aires, onde estão localizados os principais centros de exportação de Necochea e Bahia Blanca e onde os caminhoneiros bloqueiam o acesso desde 19 de janeiro. “Ao comparar a chegada dos caminhões de 19 de janeiro a 2 de fevereiro com a última semana de operação normal (11 de janeiro a 18 de janeiro), observa-se que o número de caminhões foi reduzido em aproximadamente 95%, passando de 7.346 para 388 veículos”, observou a bolsa Bahia Blanca, com a perda de caminhões no valor de 208.740 t de grãos.

Fonte: Agrolink