Chicago recua com clima favorável para as lavouras

A quarta-feira (26) chega ao final com os preços futuros do milho operando no campo misto da Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 57,07 e R$ 67,45.

O vencimento julho/24 foi cotado à R$ 57,07 com queda de 0,09%, o setembro/24 valeu R$ 59,95 com ganho de 0,32%, o novembro/24 foi negociado por R$ 63,90 com alta de 0,385 e o janeiro/25 teve valor de R$ 67,45 com elevação de 0,52%.

O Analista de Mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, destaca que a B3 está seguindo a lógica de que a safrinha começou muito bem, mas deve apresentar problemas daqui para frente.

“Quem plantou primeiro colheu bem, as produtividades foram boas e o pessoal acreditava que vinha uma grande safrinha. Na realidade, as lavouras que foram plantadas mais tarde, mais para o final de fevereiro e começo de março, pegaram poucas chuvas e algumas não pegaram quase nada. Então essas lavouras que vão ser colhidas agora no mês de julho, e algumas até agosto, elas não têm potencial positivo, vão ter baixa produtividade”, relata.

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve poucas alterações neste meio de semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização somente em Sorriso/MT e percebeu valorização apenas no Porto de Santos/SP.

De acordo com a análise da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho teve uma quarta-feira de negociações travadas. “Os consumidores devem seguir sinalizando tranquilidade em relação aos estoques, sem realizar aquisições em ritmo relevante. Os produtores, por sua vez, atuam de maneira retraída nas negociações”.

Mercado Externo 

Na Bolsa de Chicago (CBOT), o pregão desta quarta-feira foi de movimentações negativas para os preços internacionais do milho futuro.

O vencimento julho/24 foi cotado à US$ 4,20 com baixa de 5,50 pontos, o setembro/24 valeu US$ 4,25 com perda de 6,25 pontos, o dezembro/24 foi negociado por US$ 4,36 com desvalorização de 6,50 pontos e o março/25 teve valor de US$ 4,48 com queda de 5,75 pontos.

Esses índices representaram recuos, com relação ao fechamento da última terça-feira (25) de 1,29% para o julho/24, de 1,45% para o setembro/24, de 1,47% para o dezembro/24 e de 1,27% para o março/25.

Vlamir Brandalizze aponta que o mercado de Chicago está seguindo a lógica do clima favorável.

“O mercado está olhando para a safra norte-americana e o pessoal acreditando que talvez não caia tanto a área norte-americana. Uma situação de calmaria lá em Chicago”, diz.

Por: Guilherme Dorigatti

Fonte: Notícias Agrícolas