As cotações dos produtos suinícolas acompanhados pelo Cepea devem encerrar junho em elevação, e este seria o segundo mês consecutivo de avanço. De acordo com pesquisadores do Cepea, o excelente desempenho das exportações brasileiras e a procura aquecida no mercado doméstico explicam o movimento de alta dos preços.

Dados da Secex, compilados e analisados pelo Cepea, mostram que, nesta parcial de junho (15 dias úteis), foram embarcadas 70,2 mil toneladas de carne suína in natura. A média diária de escoamento está em 4,7 mil toneladas, 7,3% acima da de maio/24 e 1,2% superior à de junho do ano passado. No mercado interno, pesquisadores do Cepea explicam que a forte demanda – observada sobretudo na primeira metade de junho – somada à oferta reduzida de animais em peso ideal para abate vêm mantendo elevados os valores de comercialização do suíno vivo e da carne.

Fonte: Cepea

Suinocultura independente: oferta mais contida de animais ajuda a puxar preços para cima

Nesta quinta-feira (27), as principais Bolsas de Suínos que comercializam animais no mercado independente registraram altas nos preços, mesmo estando no final do mês, quando a população está mais descapitalizada. De acordo com lideranças do setor, a lei da oferta e da demanda é quem dá o tom, com volume de animais vivos para abate inferior à demanda.

Em São Paulo, o mercado teve alta, saindo de R$ 7,36/kg vivo para R$ 7,47/kg vivo, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS).

“O motivo é o mercado demandando lotes de animais vivos, apesar de dispota do abatido entre frigoríficos, mercado atacadista e varejista. Neste momento, a oferta de animais vivos é reduzida, e em contrapartida, as exportações vão bem, principalmente as Filipinas. Os preços no mercado externo já são maiories que no mercado interno. Isso demonstra que os preços nos Estados do Sul devem ter preços nominais acima da região Sudeste em breve”, disse o presidente da APCS, Valdomiro Ferreira.

No mercado mineiro, o preço se manteve estável pela quinta semana consecutiva em R$ 7,30/kg, com acordo, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).

“O cenário de preços do mês de junho foi único.  Manutenção em R$ 7,30 em todas as 5 semanas. Temos hoje uma diferença clara entre os mercados externo e interno. A escassez vem do primeiro enquanto há muita competição no atacado das carnes. A entrada do mês de julho nos trará novas oportunidades.”, disse o consultor de mercado da Associação, Alvimar Jalles.

Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal subiu, saindo de R$ 6,75/kg vivo para R$ 7,00/kg vivo.

“Há boa procura, e acredito que as demais indústrias devam subir os preços nos próximos dias”, destacou o presidente da entidade, Losivanio de Lorenzi.

No estado do Paraná, entre os dias 20 a 27, o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda passando de R$ 6,92/kg vivo para R$ 6,72/kg.

Fonte: Notícias Agrícolas