Cada país tem necessidades de criar empreendedorismo para suas populações. Cada país precisa desenvolver ao máximo a sua segurança interna com a produção de alimentos. Cada país deseja que seus agricultores sejam também bem sucedidos.

Por isso a imagem brasileira não pode ser apenas construída como sendo um grande vendedor de alimentos que objetiva exclusivamente exportar e não participar do desenvolvimento interno de cada país cliente. Dessa forma, podemos e devemos embarcar nas nossas estratégias de vendas e de marketing além de produtos básicos e agroindustriais, o fornecimento de inteligência, de serviços.

O Brasil merece destaque inegável no conhecimento desenvolvido para a produção de alimentos, biocombustível, enfim uma produção agropecuária no cinturão tropical do planeta terra, no tropical belt. De país que nada produzia, tudo importava, nos transformamos em abastecedor da população brasileira, 210 milhões de pessoas e mais de 1 bilhão de seres humanos de outros países na terra. Um espetáculo que merece as melhores luzes sobre ele.

A Embrapa representa, ao lado também de outros órgãos como institutos agronômicos, universidades, um domínio de saberes essenciais e vitais para o progresso de tudo o que envolve agropecuária nessa faixa planetária do cinturão tropical.

Isso significa potenciais acordos, contratos de pesquisa, de desenvolvimento agropecuário e também de extensão rural, onde o remanescente da nossa Embrater, fechada no governo Collor, as nossas Emater’s, poderiam da mesma forma serem envolvidas para programas de extensão e educação rural em centenas de civilizações nessa faixa ainda a mais pobre do mundo – o tropical belt humanitário.

Produto é o que fazemos no campo. Na agroindústria, percepção positiva e vendas é o que fazemos na mente do cliente. A Hora do Agronegócio, a Embrapa pode ser o grande diferencial do agro nacional no mundo. O poder da imagem, o valor das percepções.

Por José Luiz Tejon para Jovem Pan.