Os crescentes incidentes de febre suína africana em todo o mundo podem ter efeito colateral no mercado internacional de aves. De acordo com o último relatório trimestral do Rabobank Poultry, o mercado de aves se apresenta “relativamente bem”, mas enfrenta diversos desafios. A informação foi divulgada nesta semana pelo site Global Meat News.

A pesquisa citou restrições da União Europeia e várias plantas de exportação brasileiras, a mudança dos padrões Halal na Arábia Saudita, o impacto contínuo da greve dos caminhoneiros no Brasil e as recentes salvaguardas às importações brasileiras de frango, estabelecidas pela China, entre outras várias razões para a volatilidade do setor.

O relatório também alertou para as mudanças nos preços das commodities e surtos de influenza aviária. “Os recentes surtos de febre suína africana na China também podem afetar indiretamente os mercados globais de aves”, disse Nan-Dirk Mulder, analista sênior – Animal Protein. “Se os surtos se espalharem rapidamente, pode ocorrer a liquidação do rebanho de suínos da China, pressionando todos os preços internos da carne. Isso poderia reverter em 2019, com os consumidores chineses optando mais pro carne de frango, elevando os preços locais. Esses desafios podem parecer pessimistas, mas, na realidade, o desempenho da indústria avícola ainda é bom na maior parte do mundo ”.

O Rabobank informou que grande parte da volatilidade no mercado deriva do Brasil devido às restrições comerciais, greve dos caminhoneiros e aumento dos preços dos alimentos, levando a uma queda de 20% nos volumes de exportação de aves do país, em comparação com o trimestre anterior.

Os Estados Unidos e a União Europeia também relataram aumentos modestos nas exportações. Na Rússia, os preços internos do frango têm subido e os custos de alimentação aumentaram significativamente.

Equipe Suino.com

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