O Brasil, neste dezembro, importou um acumulado de 446.319,1 toneladas de milho não moído, exceto milho doce, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Isso significa que, ao longo dos 23 dias úteis do mês, o país recebeu 81,11% a mais do que foi registrado em novembro de 2020 (246.434,8 toneladas). Sendo assim, a média diária de importação ficou em 19.405,2 toneladas contra 11.201,6 do mesmo mês do ano passado, aumento de 73,24%.

O décimo segundo mês de 2021 também representou elevações nos valores médios diários gastos que saíram de US$ 1,75 milhão em 2020 para US$ 4,775 milhões em 2021, aumento de 172,23% e nos preços dispensados por tonelada importada, que subiram 57,14% saindo de US$ 156,60 para US$ 246,10.

“Houve isenções que facilitaram a entrada de milho importado, bastante milho do Paraguai e bastante milho da Argentina. Eu enxergo isso com absoluta naturalidade, porque o produtor brasileiro precisa saber que fazemos parte de uma cadeia que vem o antes da porteira e o pós-porteira, somos um pedaço da cadeia, um pedaço muito importante, mas temos que conviver. O milho gera na cadeia 4 milhões de empregos, então para preservar esses empregos na cadeia toda, como não temos estoques no país, o Brasil precisou ir buscar milho fora de suas fronteiras”, pontua o presidente institucional da Abramilho, Cesário Ramalho.

De acordo com os dados consolidados da Secex, de janeiro até novembro, o Brasil já havia importado 2.759.244 toneladas de milho, número 145.1% maior do que o mesmo período do ano anterior. Sendo assim, o acumulado de 2021 fica ao redor de 3,2 milhões de toneladas.

Fonte: Notícias Agrícolas