O relatório de gestão 2018 da brasileira BRF é um raio x de um ano difícil.

Em 2018, a empresa registrou um prejuízo líquido de R$ 4,46 bilhões, enquanto seu EBITDA caiu 8,4% ano a ano. A equipe gerencial descreveu 2018 como o “mais desafiador” da BRF nos últimos dez anos, citando fatores externos como razões para o fraco desempenho: “medidas protecionistas que visavam fechar grandes mercados”, as pressões de custo e a greve dos caminhoneiros.

O executivo da BRF global, Pedro Parente disse: “Reconhecemos que os resultados de 2018 deixam muito a desejar. Eles claramente não refletem o crescente escopo de oportunidades que vemos para criar valor para nossos acionistas e para

sociedade. Ainda assim, os eventos de 2018 nos levaram a plantar as sementes da mudança estrutural na estratégia e nas operações”. Para ele, a BRF iniciou um crucial e significativo processo de recuperação e reconstrução empresarial.

Parte dessa mudança foi o plano de reestruturação da BRF, que esperava gerar R$ 5 bilhões através de quatro vias: desinvestimento de ativos na Argentina, Europa e Tailândia; venda de ativos não estratégicos; redução de estoques de matérias-primas congeladas e securitização de recebíveis.

Até agora, R$ 4,1 bilhões dos R$ 5 bilhões foram alcançados, com o negócio ficando aquém de sua meta devido a “condições adversas no mercado argentino, incertezas

sobre o regime de cotas e medidas protecionistas na Europa, bem como a construção de debates em torno do Brexit”.

Olhando para o futuro, a BRF sugere que o mercado asiático é uma oportunidade para o negócio e elogiou os progressos realizados no setor halal. “Também somos líderes indiscutíveis no mercado halal, com uma participação de mercado de mais de 41% na Cooperação do Golfo”.

A Administração definiu metas para 2019, que incluem: reverter a tendência de queda das margens através da equipe de gerenciamento de alto desempenho; consolidar os fundamentos da liderança, inovação e solidez para buscar uma proteção histórica em 2020; e alcançar um crescimento sustentável e contínuo através de uma execução para oferecer proteção níveis acima da média histórica a partir de 2021.

Fonte: Global Meat News

Editado pelo Suino.com