Pequim enviou a Washington na sexta-feira à noite mudanças sistemáticas ao esboço de quase 150 páginas do acordo comercial que acabaria com meses de negociações entre as duas maiores econômicas do mundo, de acordo com três fontes do governo dos Estados Unidos e três fontes do setor privado com conhecimento das negociações.

O documento estava cheio de mudanças em que a China voltava atrás em itens que afetaram as principais demandas dos EUA, disseram as fontes à Reuters.

Em cada um dos sete capítulos do esboço do acordo comercial a China retirou seus compromissos para mudar leis que resolveriam as principais reclamações que levaram os EUA a lançarem uma guerra comercial: roubo de propriedade intelectual e segredos comerciais dos EUA, transferências forçadas de tecnologia, acesso a serviços financeiros e manipulação cambial.

O presidente dos EUA, Donald Trump, respondeu no Twitter no domingo com a promessa de elevar as tarifas sobre 200 bilhões de dólares em produtos chineses de 10 a 25 por cento na sexta-feira –calculado para acontecer no meio de uma visita do vice-premiê chinês, Liu He, a Washington para continuar com as negociações comerciais.

Por David Lawder e Jeff Mason e Michael Martina

Fonte: Reuters