No começo da trade desta segunda-feira (28), o mercado da soja na Bolsa de Chicago segue trabalhando com estabilidade, porém, agora em campo positivo, recuperando parte das baixas que foram registradas mais cedo. As cotações subiam, por volta de 13h40 (horário de Brasília), de 2,50 a 4,25 pontos nos contratos mais negociados, com o janeiro valendo US$ 14,40 e o maio, US$ 14,52 por bushel.

Parte das altas do grão vem das altas do farelo, que passam de 1% na CBOT nesta segunda. O mercado iniciou os negócios com timidez, mas voltou a subir e registra bons ganhos. O derivado ajudou ainda puxar o óleo, que perdia mais de 1% pela manhã, sentindo a pressão agressiva do petróleo, que trabalhava com baixas de mais de 3% tanto no brent, quanto no WTI.

“O clima na Argentina vai continuar mais seco do que o normal na Argentina para os próximos 10 dias. O plantio por lá está muito atrasado, e segundo a Bolsa de Cereales alcança 20%, contra 40% do mesmo período do ano passado”, explica o time da Agrinvest Commodities.

O mapa abaixo, do SMN (Sistema Meteorológico Nacional), mostra a condição das temperaturas neste domingo (27), com mais de 34ºC em boa parte do território, em especial no Centro-Norte do país.

No Brasil, já há áreas sofrendo com a falta de chuvas e os mapas indicam a continuidade do tempo seco no Centro e Sudoeste do país, e, de acordo com o modelo GFS, de “leves acumulados no norte e leste do RS, oeste de SC e do PR, oeste
SP e de MG, grande parte do MS, MT, GO, BA, PI, TO. Moderados acumulados sendo esperados no MA, leste de MG e de SP. Grandes acumulados previstos para o leste do PR e de SC”, segundo apuração do Grupo Labhoro.

Além do clima na América do Sul, os futuros da oleaginosa dão início a uma nova semana começando a digerir a nova rodada do dólar soja, anunciada pelo ministro da economia da Argentina, Sérgio Massa, na última sexta-feira (25). Trata-se agora da moeda americana valendo 230 pesos, contra 200 na primeira rodada e a medida é válida até o final deste ano. Os traders agora vão acompanhar como a ferramenta impactará compradores, vendedores e, consequentemente, o andamento das cotações em Chicago.

Além disso, pressão vinda ainda do aumento do número de casos de Covid-19 na China, que alcança um novo recorde de 40 mil, voltando a trazer os lockdowns e medidas ainda mais restritivas de controle à pandemia.

Fonte: Notícias Agrícolas