As cotações do suíno vivo caíram no mercado independente de todas as praças acompanhadas pelo Cepea em setembro. A procura pela carne no atacado se desaqueceu, tendo em vista a retração do poder de compra do consumidor final, principalmente no final do mês. Com isso, frigoríficos limitaram a demanda por novos lotes de animais para abate, reforçando o cenário de baixa liquidez no mercado doméstico.

Assim, a maior oferta de animais e a procura enfraquecida pela proteína pressionaram os valores do suíno vivo. Em setembro, o preço do animal posto na indústria teve média de R$ 6,93/kg na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), recuo de 5,2% frente à de agosto. Na região sul de Minas Gerais, a baixa em setembro foi a mais intensa dentre as praças mineiras, de 10% em relação ao mês anterior, com o animal negociado à média de R$ 6,71/kg em setembro. Em Ponte Nova (MG), a desvalorização foi de 9,9%, com o animal comercializado a R$ 6,75/kg no último mês.

Já nas praças do Rio Grande do Sul, o movimento de recuo foi mais leve em comparação com as demais. Segundo agentes consultados pelo Cepea, as consecutivas desvalorizações do animal vivo ao longo dos últimos anos e os preços dos principais insumos da cadeia produtiva (milho e farelo de soja) em patamares elevados resultaram no abandono da atividade por parte de alguns suinocultores que atuavam no mercado independente. Com isso, a oferta e a demanda ficaram mais ajustadas na região. Desta forma, na praça de Erechim (RS), a média mensal caiu 0,4% em comparação com agosto, a R$ 6,66/kg em setembro. Em Santa Rosa (RS), a média foi de R$ 6,56/kg, queda de 1,4% frente à do mês anterior.

Quanto à carne, na média de setembro, a costela negociada no atacado do estado de São Paulo foi cotada a R$ 14,65/kg, desvalorização de 4,4% frente a agosto. Para a carcaça especial suína negociada no atacado da Grande São Paulo, o recuo mensal foi de 5,1%, com média de R$ 9,85/kg em setembro.

Fonte: Cepea com adaptações Suino.com