A China vai continuar aumentando a demanda por proteínas de origem animal, notadamente de carne bovina, uma vez que o consumo per capita do chinês para cortes bovinos é relativamente baixo e há novos hábitos alimentares adquiridos com a pandemia, disse nesta quarta-feira o CEO da JBS, Gilberto Tomazoni, durante o XP Agro Conference.

Segundo ele, o Brasil e os Estados Unidos –onde a JBS tem boa parte de suas operações– estão bem posicionados para atender o crescimento desse consumo.

“É estrutural o crescimento da demanda por carne bovina na Ásia como um todo, principalmente na China…”, afirmou o presidente da maior produtora global de carnes.

Ele disse ainda que os chineses são competitivos na produção de frangos e suínos, já que essas criações têm ciclos menores, enquanto no caso dos bovinos há necessidade de mais área e o ciclo produtivo é mais longo.

“Urbanização, melhora de renda, isso eleva o consumo, mudanças de hábitos com a pandemia, isso leva a aumento de consumo de carne bovina”, explicou a jornalistas.

Na véspera, o CEO da concorrente na área de aves e suínos BRF, Miguel Gularte, disse que estava otimista com o retorno da demanda da China à normalidade para estas proteínas após as comemorações do Ano Novo Chinês.

Ele citou previsões de que até 2050 o mundo vai ter de produzir 50% a mais alimentos para fazer frente à demanda global, apontando também o crescimento da população como fator que impulsiona o consumo.

Fonte: Reuters