O dólar passou a cair acentuadamente frente ao real nesta segunda-feira, acompanhando melhora no humor externo, mas com investidores alertando para a possibilidade de volatilidade nos mercados de câmbio às vésperas de reuniões de política monetária dos bancos centrais de Brasil e Estados Unidos.

Às 12:02 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,81%, a 5,2183 reais na venda, mudando bruscamente de curso após mais cedo ter chegado a subir 0,82%, a 5,3038 reais.

Alguns operadores têm dito nos últimos pregões que os níveis acima de 5,30 reais são interessantes para venda de dólares por parte de exportadores e outros agentes financeiros.

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,73%, a 5,2335 reais.

A mudança de sinal da moeda norte-americana para negativo no mercado local veio após desaceleração da alta de um índice do dólar frente a cesta de seis rivais fortes no exterior, que subia 0,2% por volta de 11h55 (de Brasília), após saltar 0,58% na máxima.

Ao mesmo tempo, algumas divisas arriscadas pares do real, como dólar australiano e rand sul-africano, reduziram suas quedas no pregão, enquanto o peso mexicano devolveu perdas iniciais e operava no azul.

Também houve melhora nos mercados de ações, e os principais índices de Wall Street passaram a mostrar leve alta, após abrirem no vermelho, o que oferecia apoio ao Ibovespa.

Ainda assim, investidores continuavam evitando grandes apostas e alertavam para volatilidade antes da reunião de política monetária do Federal Reserve, que começará na terça e se encerrará na quarta-feira.

Os mercados monetários dão como praticamente certo ajuste de 0,75 ponto percentual na taxa básica do Fed, com alguns operadores apostando na possibilidade de ajuste ainda mais intenso, de 1 ponto completo.

Quanto mais agressivo for o Fed em seu encontro desta semana, mais o dólar tende a se beneficiar globalmente.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC também faz reunião nos próximos dois dias, e a maior parte dos mercados financeiros espera que a taxa Selic seja mantida no patamar atual de 13,75%. No entanto, há quem espere aumento residual dos juros a 14%.

Fonte: Reuters