O dólar à vista ensaiava alta na manhã desta segunda-feira e chegou a superar 5,70 reais na máxima até o momento, numa segunda-feira que deverá ser marcada por volume ainda menor de negócios conforme o fim do ano se aproxima.

Às 9:42 (de Brasília), o dólar à vista avançava 0,34%, a 5,6824 reais na venda. A cotação já variou entre 5,7073 reais (+0,78%) e 5,669 reais (+0,10%).

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,29%, a 5,6885 reais.

Parte do movimento aqui refletia a força do dólar no exterior. A moeda norte-americana ganhava 0,14% ante uma cesta de divisas de países ricos, enquanto apreciava 0,4% contra um conjunto de pares emergentes.

Num dia de fraca liquidez, a queda em ativos correlatos aos preços de moedas como o real tem mais peso na formação de preço. Um contrato de minério de ferro negociado na China, por exemplo, chegou a cair 3% nesta segunda-feira.

O insumo é um dos principais produtos da pauta de exportação do Brasil e impacta diretamente os chamados termos de troca –relação entre preço de exportação e importação–, variável que entra na conta de cálculos de taxa de câmbio de equilíbrio.

Outras commodities também caíam, como o petróleo e cobre –este considerado um termômetro das perspectivas econômicas globais.

Receios sobre a variante Ômicron do coronavírus continuavam a ocupar lugar de destaque na lista de preocupações de investidores globais, cujo temor também inclui riscos de inflação mais alta e consequente aperto mais acelerado das políticas monetárias.

No Brasil, a última semana do ano reserva dados fiscais, que na margem devem vir melhor que o esperado.

“Os números fiscais do ano devem vir acima (melhores) do que os projetados no começo do ano, mas ao mesmo tempo com uma perspectiva fiscal muito ruim para o futuro”, ponderou Jason Vieira, economista-chefe e sócio da Infinity Asset, alertando que ainda há risco de a volatilidade atingir os mercados nestes últimos dias do ano.

O real, aliás, segue como a moeda emergente relevante mais volátil fora a lira turca, esta envolvida em uma profunda crise de confiança.

Fonte: Notícias Agrícolas