O dólar à vista fechou a terça-feira muito próximo da estabilidade ante o real, numa sessão marcada pela volatilidade, com dados do setor de varejo nos EUA dando certo suporte às cotações, mas não o suficiente para sustentar os ganhos durante todo o dia.

O dólar à vista fechou o dia cotado a 5,0351 reais na venda, em leve baixa de 0,04%. Em outubro, a moeda norte-americana acumula alta de 0,16%. Na B3, às 17:15 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,05%, a 5,0470 reais.

No início do dia, a moeda norte-americana chegou a oscilar em baixa ante o real, dando continuidade ao movimento da véspera, mas os dados do varejo dos EUA, divulgados às 9h30, deram força às cotações tanto no exterior quanto no Brasil.
O Departamento do Comércio informou que as vendas no varejo dos EUA aumentaram 0,7% em setembro, após alta de 0,8% em agosto, em dado revisado para cima. Economistas consultados pela Reuters projetavam elevação de 0,3% nas vendas no mês passado.

Em reação, os rendimentos dos Treasuries ganharam força, assim como o dólar em relação a boa parte das demais divisas. Por trás do movimento estava a leitura de que, com uma economia aquecida, os EUA precisarão manter os juros em níveis elevados por mais tempo.

No Brasil, a moeda norte-americana à vista marcou a máxima de 5,0370 reais (+0,59%) às 10h37. “O dólar ficou volátil, sem direção única. Ele abriu em queda, em um movimento apoiado aparentemente pela alta das commodities, mas virou acompanhando o movimento lá fora”, comentou Fernando Bergallo, diretor da assessoria de câmbio FB Capital. “O DXY (índice do dólar) se fortaleceu, após os novos dados dos EUA apoiarem (a ideia de) juros altos por lá”, acrescentou.

A alta da moeda norte-americana, no entanto, arrefeceu no exterior e, em paralelo, no Brasil. O dólar à vista virou e chegou a marcar a mínima de 5,0103 reais (-0,53%) às 13h26, mas novamente voltou para perto da estabilidade durante a tarde, em sintonia com o índice do dólar, que também não tinha força para se afastar do nível de fechamento da véspera.
Investidores seguiam atentos aos desdobramentos do conflito entre Israel e Hamas no Oriente Médio e à espera de declarações de autoridades do Federal Reserve, previstas para os próximos dias.

Durante a tarde, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, reconheceu que o conflito entre Israel e Hamas acentua a atenção da autarquia quanto ao preço do petróleo e à cotação do dólar. Uma das preocupações é justamente se o conflito vai extrapolar para algo mais global, com efeitos sobre a política monetária brasileira.

Às 17:15 (de Brasília), o índice do dólar –que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas– caía 0,06%, a 106,200.

Pela manhã, o BC vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de dezembro.

Fonte: Reuters
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