O dólar à vista fechou a quarta-feira em alta ante o real, acompanhando o avanço generalizado da moeda norte-americana no exterior, em meio ao conflito entre Israel e Hamas no Oriente Médio e à percepção de que os juros seguirão elevados nos EUA por mais tempo.

O dólar à vista fechou o dia cotado a 5,0544 reais na venda, em alta de 0,38%. Em outubro, a moeda norte-americana acumula alta de 0,54%.

Na B3, às 17:19 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,30%, a 5,0675 reais.

Pela manhã, o dólar à vista chegou a oscilar em baixa no Brasil, marcando a cotação mínima de 5,0281 reais (-0,14%) às 9h26, após a China divulgar dados econômicos positivos.

O Produto Interno Bruto (PIB) chinês cresceu 4,9% no período de julho a setembro em relação ao mesmo período do ano anterior, mostraram dados divulgados pelo Escritório Nacional de Estatísticas, contra expectativas de analistas ouvidos pela Reuters de aumento de 4,4%.

Apesar dos números chineses, o exterior trazia um viés de alta para a moeda norte-americana, com investidores temendo a escalada do conflito entre Israel e Hamas, além do envolvimento de outros países.

“O grande risco para o Brasil, bem como para a economia global, é o conflito se alastrar na região, envolvendo outras nações”, disse Alexandre Espirito Santo, economista-chefe da Órama, em comentário a clientes. “Essa situação poderia provocar uma disparada nas cotações do petróleo, sobretudo se houver algum tipo de restrição à passagem de petroleiros no estreito de Ormuz, por onde passam cerca de 20% do petróleo consumido.”

Ao mesmo tempo, os rendimentos dos Treasuries tiveram mais um dia de alta, em meio à percepção de que os juros nos EUA ficarão elevados por mais tempo — o que favorece o dólar ante outras moedas.

Neste cenário, a moeda norte-americana à vista marcou a cotação máxima de 5,0761 reais (+0,81%) às 12h12. Até o fechamento, se acomodou em níveis mais baixos, ainda assim no território positivo.

O movimento estava em sintonia com o exterior, onde o dólar subia ante outras moedas formes e em relação a divisas de emergentes e exportadores de commodities, de forma generalizada.

Às 17:19 (de Brasília), o índice do dólar –que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas– subia 0,33%, a 106,570.

Pela manhã, o BC vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de dezembro.

À tarde, o BC informou que o Brasil registrou fluxo cambial total positivo de 4,078 bilhões de dólares em outubro até o dia 13. Pelo canal financeiro, houve entradas líquidas de 1,133 bilhão de dólares e, pelo canal comercial, entradas de 2,945 bilhões de dólares.

Fonte: Reuters

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