Lideranças destacam que não há pressão de oferta, mas ainda existe dificuldade em negociar com frigoríficos para elevar os preços

As Bolsas de suínos do mercado independente registraram cotações estáveis, seja com ou sem acordo entre suinocultores e frigoríficos, ou leves quedas nesta quinta-feira (18). Há lideranças que destacam a demanda mais fraca, típica de janeiro, como fator que impede a alta nos preços já que, segundo eles, não há pressão de oferta, ou a concorrência com a proteína vinda de outros Estados.

Em São Paulo, o preço ficou estável em relação à semana anterior, custando R$ 6,93/kg (valor estabelecido com acordo entre frigoríficos e produtores), segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS).

“O mercado segue com uma oferta baixa, principalmente no peso dos animais, entretanto o consumo ainda não é satisfatório, e a disputa nos preços da carcaça por parte dos frigoríficos continua intensa. Isso dificultou qualquer realinhamento para cima no preço do suíno nesse momento. a expectativa é que no início de fevereiro tenhamos realinhamentos positivos nos preços”, disse Valdomiro Ferreira, presidente da APCS.

No mercado mineiro, o valor ficou estável em R$ 7,00/kg vivo, valor sugerido, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg),

“A sugestão de preços dessa semana é o valor que está sendo praticado durante as 3 semanas de 2023. O cenário não se alterou. A demanda firme do mercado mineiro aprofundou a folga de espaço das granjas e não existe pressão de oferta. Mas não houve acordo com os frigoríficos porque esses consideraram a concorrência de fora do estado. A novidade é que há fortes sinais de que chegamos no piso dos preços e isso altera completamente as expectativas em pouco tempo”, apontou o consultor de mercado da entidade, Alvimar Jalles.

Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal teve leve queda saindo de R$ 6,46/kg vivo para R$ 6,41/kg nesta semana.

“Infelizmente o mercado é assim. Início do ano o poder de compra da população está mais restrito, e o consumo diminui. além disso, não temos neste início de ano as exportações no ritmo que seria necessário para compensar uma continuidade do preço visto no final do ano, ou aumento no valor. É um movimento normal, apesar de não gostarmos disso”, disse o presidente da entidade, Losivanio de Lorenzi.

No estado do Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 12/01/2023 a 18/01/2023), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 1,35%, fechando a semana em R$ 6,33/kg vivo.

Fonte: Notícias Agrícolas