Dialogar com o consumidor nos dias atuais tem sido cada vez mais desafiador e não poderia ser diferente para a cadeia de proteína animal. Atenta às constantes mudanças de hábitos, anseios e novos perfis de compra, a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) selou a parceria inédita com um dos maiores grupos de varejo do Brasil, o GPA, para trazer as melhores opções de compra de suínos, oferecendo qualidade, variedade, atendimento e informação.

Nessa semana, essa parceria foi tema de artigo de uma das revistas de maior relevância para o setor do agronegócio, a Feed&Food, apresentada na visão do membro do Conselho Científico Agro Sustentável e Professor da ESPM, Coriolano Xavier. No texto, Xavier reforça a importância da comunicação na criação de uma percepção de valor do consumidor sobre uma marca ou produto. E exemplifica com o trabalho estratégico da entidade que busca promover a proteína com a ampliação da exposição de carne suína, maior variedade de cortes, divulgação de formas de preparo, incentivando a percepção do consumidor sobre as vantagens de se consumir a carne suína.

Para o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, o reconhecimento da estratégia da entidade por uma das referências no marketing do agronegócio “motiva ainda mais a associação a desempenhar seu papel com empenho, buscando a inovação no agronegócio brasileiro”, declara Lopes.

Ao longo da abordagem Xavier discorre sobre a importância de “cuidar da percepção de valor dos produtos e marcas requer vigilância constante e contínuo trabalho de comunicação” e aborda a parceria da ABCS com GPA de forma destacada: “uma grande ação coordenada de marketing para valorizar a carne suína, envolvendo a segunda maior rede de supermercados do país (GPA). Poderão dizer: ahhh, mas é apenas uma rede. Contudo, é a segunda, uma das duas gigantes do setor, e está a 4,7% da rede líder (faturamento, 2018), em país onde 60% do abastecimento acontece via supermercados. Como tal, em tese tem potencial para induzir percepções no consumidor, mudar comportamentos e impulsionar tendências de consumo”, opina.

Xavier também reforça a necessidade de desenvolver agregação de valor e de marca para produtos alimentícios. “O mundo está compulsivamente urbanizado, com 80% da população vivendo em cidades, já havendo países com mais de 90%, como o Japão. É na urbe que acontecem as grandes batalhas de marketing dos alimentos. E fazer marketing, comunicar e liderar percepções significa obter maior grau de controle sobre os mercados e os negócios”, esclarece.

Para a ABCS, essa mudança origina de uma transformação também da forma do brasileiro enxergar os produtos que ele leva para a mesa. “Por isso, estabelecer conexões afetivas com esse novo consumidor vai muito além de oferecer preços atrativos. É preciso criar valor, aprimorar a entrega, dialogar de forma transparente. Apresentar opções saudáveis, que atendam a necessidade no perfil de consumo atual, mas também desenvolver uma relação de comunicação direta, entregando a ele sentido, informação, razão. O desafio de liderar as percepções do consumidor está ligado à nossa capacidade de desaprender e insistir nas estratégias que antes davam certo! Ele está cada vez mais consciente e interessado sobre o processo produtivo de toda a cadeia. Estamos abertos a isso e os reinventando”, reforça a diretora de projetos e marketing da entidade, Lívia Machado.

Ao final do texto, o autor é direto e parafraseia José Luiz Tejon, a quem considera mestre e amigo: “bovinos, suínos e frangos produzimos no campo; carne disponibilizamos via agroindústria; mas marketing fazemos na mente do consumidor”.

Para conferir o artigo completo “Intensidade na arena das carnes”, clique aqui.

Fonte: ABCS