Os preços da carne de frango in natura têm apresentado altas expressivas no correr deste mês quando comparados aos observados no final de janeiro. O impulso às cotações vem do ritmo aquecido dos embarques brasileiros da proteína e da menor oferta doméstica – vale lembrar que o mercado esteve desfavorável ao setor em boa parte de 2018, o que levou avicultores a diminuírem a produção.
No acumulado de fevereiro (até o dia 20), o frango inteiro congelado, negociado no atacado da Grande São Paulo, se valorizou expressivos 5,1%, com o preço médio a R$ 4,34/kg na quarta-feira, 20. Para o produto resfriado, a alta foi ainda mais intensa, de 8,2%, no mesmo comparativo, com negócios a R$ 4,42/kg no dia 20.
Dentre os cortes acompanhados pelo Cepea no mercado paulista, o peito de frango resfriado foi o que teve maior impulso nos preços, de 8,5% no acumulado parcial de fevereiro, com valor médio de R$ 5,67/kg na quarta-feira. No mesmo comparativo, os preços de outros produtos resfriados também se elevaram: o coração se valorizou 3%, o filé, 1,8%, e a coxa/ antecoxa, 1,6%.

MERCADO EXTERNO – Segundo dados da Secex, nos primeiros 11 dias úteis deste mês, a quantidade média diária de carne de frango exportada pelo Brasil foi de 16,84 mil toneladas, volume 42,1% superior ao registrado em janeiro, quando estava em 11,85 mil t/dia. Caso esse ritmo se mantenha até o final do mês (20 dias úteis), o volume total exportado pelo País pode atingir 336,81 mil t, avanço de 29% frente à quantidade embarcada nos 22 dias úteis de janeiro.
Ainda considerando-se os dados parciais da Secex, entre janeiro e fevereiro, o preço da carne vendida pelo Brasil ao front externo subiu 1,8%, passando de US$ 1.563,14/t para US$ 1.590,51/ t. Desse modo, nos 11 dias úteis de fevereiro, as exportações diárias registraram arrecadamento médio de US$ 26,78 milhões. Se essas condições forem mantidas até o final do mês, a receita pode totalizar US$ 535,7 milhões, alta de 31,5% em relação a janeiro, quando o montante foi de US$ 407,48 milhões.

INSUMOS – Entre 13 e 20 de fevereiro, as cotações do farelo de soja negociado nas regiões de Chapecó (SC) e de Campinas (SP) recuaram 3% e 1,6%, respectivamente, passando para R$ 1.194,67/tonelada e R$ 1.205,65/t na quartafeira. Já quanto ao milho, no mesmo comparativo, houve valorização de 1% no produto comercializado na praça paulista e retração de 0,5% na catarinense, com a saca de 60 quilos do cereal a R$ 40,50 em Campinas e a R$ 37,28 em Chapecó, também no dia 20.

 

Fonte: Cepea