Apesar da baixa movimentação interna, as exportações em bons volumes deram sustentação aos preços do milho no final de 2017.

O país embarcou, em média, 213,93 mil toneladas do cereal por dia em dezembro (até a terceira semana), frente as 176 mil toneladas em novembro último. O volume ficou bem acima das 47,72 mil toneladas diárias em dezembro de 2016 (MDIC).

Outro ponto de sustentação é a previsão de uma menor produção em 2017/2018, que mantém o mercado em alerta.

Segundo levantamento da Scot Consultoria, na região de Campinas-SP a saca de 60kg do cereal fechou cotada em R$32,00 (28/12), frente a negócios em R$30,00 no final de novembro.

Nos primeiros meses de 2018, até que a colheita da safra de verão ou primeira safra ganhe força no país, a expectativa é de mercado firme e altas de preços não estão descartadas.

Cabe destacar, porém, que o grande volume estocado no país deverá conter as valorizações no mercado interno.
No relatório de dezembro, a Conab estimou 19,43 milhões de toneladas ao final de 2016/2017 e 23,55 milhões de toneladas em 2017/2018, volumes bem acima das 6,95 milhões de toneladas em 2015/2016.
Chamamos a atenção para a questão do clima, pois revisões para baixo na produção brasileira poderão refletir nos valores deste contrato ao longo do primeiro semestre de 2018.

por Rafael Ribeiro
Scot Consultoria