As mudanças na política de biocombustíveis – Renewable Fuel Standard (Padrões para Combustíveis Renováveis) anunciadas pela EPA (Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos) nesta quarta-feira (21) pesaram ainda mais sobre os futuros do óleo de soja, que perdem quase 7% no final desta manhã na Bolsa de Chicago. Segundo o portal DTN The Progressive, as empresas de biocombustíveis “expressaram desapontamento” frente às alterações apresentadas hoje, uma vez que indicam uma redução nos mandatório de biodiesel e etanol de milho.

Perto de 12h (horário de Brasília), as cotações do derivado perdiam entre 6,93% e 7,07% entre os contratos mais negociados, com o outubro sendo valendo 53,76 cents de dólar por libra-peso e o maio/24, 52,60 centavos/lp.

Os números finais da EPA – em uma política que valerá pelos próximos três anos – indicaram uma redução de 250 milhões de galões no volume total de etanol de milho para 2024 e 2025 em relação à proposta original, ajustando o volume para 15 bilhões de galões para os dois anos.

Para 2023, o ajuste da agência para 2023 foi de 15,25 bilhões de galões. “Isso inclui um suplemento de 250 milhões de galões ilegalmente dispensado pela agência em 2016”, informou o DTN.

No caso do biodiesel, os volumes definidos na RFS registraram algum pequeno aumento, porém, abaixo das expectativas. Para 2023 o aumento foi de 5,94 milhões de galões, contra os 5,82 bilhões propostas. Para 2024 são 6,54 bilhões, enquanto a proposta era de 6,62. Para o ano seguinte, foram definidos 7,43 bilhões, enquanto a proposta era de 7,33 bilhões.

Ainda segundo o portal norte-americano, tais números vazaram e chegaram à agência de notícias Reuters, promovendo o movimento intenso de desvalorização dos futuros do óleo de soja na CBOT já desde a noite de ontem.

Fonte: Notícias Agrícolas