Na região Central, temporada de seca vai se consolidando, mas não se descarta chuvas pontuais no Sudeste

O mês de junho chegou com as temperaturas amenas no Centro-Sul do país e de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a tendência é de um mês com chuvas nos dois extremos do país, com irregularidade na precipitação no Sul do Brasil e consolidação do período seco na região Central do país.

De acordo com as informações recém divulgadas pelo Inmet, o mês que está começando nesta quinta-feira (1º) deve registrar chuvas irregulares no Sul do Brasil. A tendência é de volumes entre 100mm e 20mm.

“Os níveis de água no solo podem continuar em níveis satisfatórios, com exceção de áreas do norte do Paraná, onde pode ocorrer uma ligeira redução da umidade no solo. Porém, a redução das temperaturas poderá influenciar na redução da evapotranspiração e consequente redução do déficit hídrico em grande parte da região, favorecendo as fases finais dos cultivos de segunda safra e o estabelecimento dos cultivos de inverno”, afirma o Inmet.

O modelo de previsão de anomalias de precipitação divulgado pelo Inmet, mostra que a região central do Rio Grande do Sul e áreas do Paraná podem registrar entre 10mm e 50mm de chuva abaixo da média neste mês.

A mesma condição é prevista para o sul do Mato Grosso do Sul no período. Ainda no Centro-Oeste, o Inmet prevê chuvas dentro do que é esperado, inclusive com volumes baixos já que a temporada de seca vai consolidando em toda a área.

As condições do tempo também ficam dentro do esperado em todos os estados da região Sudeste. Apesar do período seco, com o avanço de frentes frias pelo oceano, não estão descartadas chuvas pontuais em algumas áreas. “Com a redução das chuvas na parte central do País, ocorre a diminuição da umidade relativa do ar, elevando as temperaturas máximas no decorrer dos dias”, afirma.

O Inmet avalia ainda os possíveis impactos para a safra de grãos 2022/23 e sinaliza que no Matopiba está prevista uma redução no volume de chuva e consequentemente nos níveis de água no solo, com destaque para o oeste da Bahia, Tocantins e sul da Bahia. “O que poderá ser favorável para as fases finais dos cultivos de primeira e segunda safra, porém, persistirá a restrição hídrica aos cultivos que estiverem em fases reprodutivas”, afirma a análise.

Já na região central da Bahia e faixa oeste do Sealba (Sergipe, Alagoas e Bahia), apesar das chuvas dentro do esperado, a tendência é que o armazenamento de água no solo continua abaixo do ideal, podendo impactar de forma negativa culturas como feijão e milho terceira safra.

Prevê ainda a ocorrência de chuvas acima da média no noroeste da Região Norte, Amapá, nordeste do Pará, além de áreas pontuais do extremo norte e da costa leste da Região Nordeste, com volumes que podem ultrapassar 200 mm.

Fonte: Notícias Agrícolas