Tendência é que a moeda norte-americana é baixar contra a moeda brasileira dentro de pouco tempo

“O segredo está no dólar, é importante seguir o seu desempenho. O especialista Daniel Tatsumi, gestor de moedas da ACE Capital afirmou que, fazendo ajustes, o nível atual de 5,40 Reais por Dólar equivale aos recordes perto de 5,90 Reais vistos em maio. Com isso, ele entende que o real está excessivamente depreciado para o curto prazo, citando que, por exemplo, contra o peso mexicano, a moeda brasileira está nas mínimas em vários anos”, aponta a T&F Consultoria Agroeconômica.

De acordo com o especialista, a tendência é que a moeda norte-americana é baixar contra a moeda brasileira dentro de pouco tempo. A equipe de analistas da T&F aponta algumas das razões para isso, sendo a primeira a melhora (lenta, mas perceptível) da economia brasileira. A segunda é que o Real está “excessivamente depreciado”, o que significa que a moeda “tende a ser novamente apreciada, impulsionada pela melhora da economia brasileira”.

“Só precisa acompanhar se este grau de melhora será maior ou menor do que a melhora mundial, que, neste caso, voltaria a fortalecer o dólar americano e manter depreciada a cotação da moeda brasileira”, conclui a T&F Consultoria Agroeconômica. A acompanhar:

Fatores positivos

  • Previsão de estoque final menor
  • Problemas na safra americana com alagamentos (só em Iowa houve perdas de mais de 7 milhões de toneladas) elevando a cotação de Chicago e aumentando a perspectiva de exportação brasileira,
  • Boa demanda de exportação, tanto para milho em grão, como para carnes
  • Dólar ajudando, embora não esteja no seu ápice
  • No Mato Grosso e Goiás, exportadores precisando cobrir posição

Fatores negativos

*Colheita da Safrinha
*Preços altos inibem demanda interna de pequenos granjeiros
*Possibilidade de o dólar cair no segundo semestre de 2020.

Fonte: Agrolink