O site All About Feed publicou uma entrevista com o presidente do Sindirações, Ariovaldo Zani, na qual ele declara que 2019 será o ano da recuperação do setor no Brasil. Entre os motivos para a expectativa positiva, o novo governo e a normalização do comércio internacional.

O setor de ração brasileiro é o terceiro maior do mundo, principalmente devido à grande quantidade de matérias-primas produzidas e ao tamanho do território, fatores estes somados ao grande consumo de carne. Em 2018, quase 230 milhões de toneladas de grãos foram industrializadas. A produção total de rações em 2018 foi de 72,3 milhões de toneladas, dos quais 31,7 milhões para frangos, 16,8 milhões para suínos, 6,8 milhões diversos, 6 milhões para vacas leiteiras e 2,65 milhões t para animais de estimação.

O volume de ração produzida em 2018 apresentou um ligeiro aumento (+ 0,8%) em relação a 2017 e representa a entrada de uma fase de recuperação. O ano passado foi difícil, de incerteza política, a greve dos caminhoneiros e o ritmo lento da economia brasileira. O novo governo começou em 1º de janeiro de 2019 e, apesar de algumas preocupações com declarações do novo presidente Jair Bolsonaro e sua equipe, os produtores de ração estão otimistas de que os próximos quantro anos sejam melhores para a produção animal e para o comércio.

Ariovaldo Zani, presidente do Sindirações (Associação Brasileira de Produtores de Ração), destaca que, apesar do grande otimismo com o novo governo, alguns aspectos podem influenciar o mercado em 2019.  Entre eles, as barreiras comerciais globais, a influência dos Estados Unidos e o adiamento das reformas estruturais internas, que podem desacelerar o crescimento da agricultura brasileira.

Além das ameaças econômicas que desafiam a cadeia de produção de proteína animal, Zani diz que o setor também é colocado em xeque pela mídia, especialmente com notícias falsas, falta de comunicação e percepção sobre a agricultura. É importante, diz ele, compartilhar o tipo certo de informação sobre temas complexos como emissões de gases de efeito estufa, consumo de produtos de origem animal e uso de antibióticos. “Noto que uma grande parte da comunidade científica permanece em silêncio porque tem medo de reagir a certos equívocos, ou não sabe como responder. É preciso falar sobre tecnologias inovadoras e disruptivas na agricultura e mostrar aos brasileiros que este é um desenvolvimento positivo e necessário para alimentar a crescente população mundial”.

Equipe Suino.com

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