Chicago também subiu do dólar, soja e compras

A terça-feira (14) chega ao final com os preços futuros do milho operando no campo misto da Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 60,05 e R$ 72,60.

O vencimento novembro/23 foi cotado à R$ 60,05 com queda de 0,99%, o janeiro/24 valeu R$ 68,25 com alta de 0,12%, o março/24 foi negociado por R$ 71,61 com perda de 0,13% e o maio/24 teve valor de R$ 72,60 com ganho de 0,69%.

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve um segundo dia de semana muito positivo. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não identificou nenhuma desvalorização, enquanto percebeu valorizações nas praças de Ubiratã/PR, Londrina/PR, Castro/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Rio do Sul/SC, Sorriso/MT, Eldorado/MS, Cândido Mota/SP, Itapetininga/SP e Porto de Santos/SP.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o milho continua barato e dando sinais de que ele tem folego para seguir em alta.

“Além do apelo dos próprios fundamentos, a colheita americana do milho vai terminando e isso deixa de pressionar e agora o mercado começa a reagir. O petróleo em alta também traz apelo de alta para o etanol dos Estados Unidos, que é todo feito de milho”, pontua Brandalizze.

Do outro lado, a queda do dólar ante ao real nesta terça-feira trouxe alguma pressão negativa para os preços futuros do milho na B3.

“Embora o dólar esteja recuando, o que seria baixista para o milho B3, boa parte dos contratos dão continuidade ao movimento de forte alta ocorrido na sessão de segunda-feira. Com o atraso no plantio da soja, as perspectivas são de queda na área destinada para o milho safrinha, assim como, um potencial de queda nos rendimentos, diante da possibilidade de um plantio fora da janela ideal”, explica a consultoria Agrinvest.

Mercado Externo 

Na Bolsa de Chicago (CBOT) os preços internacionais do milho futuro encerraram as atividades desta terça-feira flutuando no campo positivo, após operaram no negativo em boa parte do pregão.

O vencimento dezembro/23 foi cotado à US$ 4,78 com elevação de 1,00 ponto, o março/24 valeu US$ 4,94 com ganho de 1,50 pontos, o maio/24 foi negociado por US$ 5,03 com valorização de 1,75 pontos e o julho/24 teve valor de US$ 5,12 com alta de 1,25 pontos.

Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última segunda-feira (13), de 0,21% para o dezembro/23, de 0,41% para o março/24, de 0,20% para o maio/24 e de 0,39% para o julho/24.

Segundo informações da Agrinvest, o milho de Chicago deu continuidade ao movimento de alta registrado no pregão anterior. “Além de um dólar mais fraco e alta da soja, novas compras de milho pelo México também dão suporte para as cotações do cereal”.

A consultoria destaca ainda que as tendências de produção no brasil podem passar ao protagonismo do mercado em breve, mas sem deixar de dar atenção às notícias das movimentações vindas do Leste Europeu.

“As preocupações com uma possível redução do milho safrinha 2024 no Brasil já começaram a ganhar certa atenção no mercado. Porém, no curto prazo, o impasse para a recuperação dos preços é a oferta ampla a preços muito descontados do milho da Ucrânia, que está buscando aumentar sua capacidade de escoamento pelos portos do Mar Negro”, diz a Agrinvest.

Fonte: Notícias Agrícolas

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