Chicago começa semana disparando de olho no clima

A segunda-feira (26) começa com os preços futuros do milho altistas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações positivais entre 0,35% e 1,10% por volta das 09h16 (horário de Brasília).

O vencimento maio/21 era cotado à R$ 104,76 com elevação de 0,73%, o julho/21 valia R$ 102,94 com ganho de 0,88%, o setembro/21 era negociado por R$ 98,35 com valorização de 1,10% e o novembro/21 tinha valor de R$ 98,64 com alta de 0,35%.

Para o analista de mercado Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a possibilidade de chuva em partes do Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo ajuda a frear as cotações do milho, já que ela pegaria várias áreas com safrinha que estão com perdas grandes.

“No Paraná já temos um potencial de perdas de 30%, mas essa chuva vai limitar as perdas e ainda dar um bom volume de milho porque crescemos mais de 1 milhão de hectares neste ano. Como o produtor veio tímido nas vendas dessa safrinha acreditando que o mercado iria subir mais, boa parte desse milho que será colhido não foi comercializado”, diz.

Brandalizze destaca ainda que isso começa a dar algum folego aos consumidores de milho, já que o cereal parece estar chegando ao limite. “A B3 foi a R$ 104,00 e não consegue passar disso porque começa a liquidar. Os setores de ração e leite não conseguem pagar além disso”.

Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro iniciaram a semana disparando na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registravam movimentações positivas entre 10,00 e 15,75 pontos por volta das 08h47 (horário de Brasília).

O vencimento maio/21 era cotado à US$ 6,71 com valorização de 15,75 pontos, o julho/21 valia US$ 6,46 com alta de 14,00 pontos, o setembro/21 era negociado por US$ 5,86 com elevação de 10,25 pontos e o dezembro/21 tinha valor de US$ 5,60 com ganho de 10,00 pontos.

Segundo informações do site internacional Successful Farming, os futuros de milho saltaram nas negociações da madrugada já que o clima adverso ameaça a produção globalmente.

A publicação destaca que diversas regiões produtoras dos Estados Unidos estão passando por um período de estiagem nesta época de plantio da nova safra, como Kansas, Dakota do Norte e Iowa, por exemplo.

No Brasil, enquanto isso, o estresse da seca deve se expandir para quase 60% da safra de milho do país nos próximos dias, de acordo com o Commodity Weather Group.

Fonte: Notícias Agrícolas