O mercado do milho na B3, mercado futuro brasileiro, trabalha no vermelho nesta sexta-feira (16), acompanhando perdas que se observam também na Bolsa de Chicago neste final de semana. Perto d e 11h15 (horário de Brasília), as cotações perdiam de 0,07% a 0,33% nos contratos mais negociados, levando o novembro a R$ 89,85 e o março/23 a R$ 96,24 por saca.

Os preços do cereal, além de sentirem a pressão da CBOT, também refletem os poucos negócios que tem sido registrados no mercado brasileiro e a oferta maior disponível neste momento com a colheita da segunda safra brasileira praticamente concluída. De outro lado, encontra suporte nas boas exportações que continuam acontecendo.

“O mercado do milho está de olho nas exportações que seguem a todo vapor, nesta semana com boa presença dos vendedores do Mato Grosso e do Centro-Oeste de uma forma geral, mantendo níveis nos portos entre os R$ 90
aos R$ 94 para as posições curtas até as da virada do
ano”, explica Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting.

No acumulado de janeiro até agora, os embarques brasileiros de milho já alcançam mais de 21 milhões de toneladas, com boa demanda pelo cereal nacional.

Assim, o consultor alerta para os grandes volumes que ainda estão disponíveis para serem comercializados da safrinha – perto de 33 milhões de toneladas – frente a uma demanda interna que é mais contida neste momento.

“O tempo está passando e o plantio da safra de verão está mais acelerado neste ano. Assim, no final de dezembro e janeiro teremos colheita do grão novo e mais oferta. Lembrando que temos ainda, neste próximo mês, a colheita nos EUA andando a todo vapor, com muito milho devendo chegar ao mercado mundial, o que pode manter o quadro de calmaria nas cotações, até mostrando alguma
linha de queda”, complementa Brandalizze.

BOLSA DE CHICAGO

Na Bolsa de Chicago, perto de 11h30, os futuros do cereal recuavam entre 6,75 e 7,75 pontos nas principais posições, com o dezembro valendo US$ 6,69 e o março, US$ 6,75 por bushel.

“Os dados de vendas de exportação de milho sem brilho divulgados pelo USDA ontem não ajudaram o mercado as preocupações iminentes sobre a demanda global em meio a uma potencial desaceleração econômica global também afetaram os futuros de milho”, afirmam os analistas de mercado do portal Farm Futures nesta sexta. “A atividade de colheita está aumentando nas áreas do sul do Corn Belt. Céus claros nestas áreas durante o final de semana podem ajudar a manter o ritmo dos trabalhos de campo e isso também pressiona o cereal”, completam.

Fonte: Notícias Agrícolas