Atrasos na safra de soja e incertezas quando produção de milho ajudaram a alavancar os preços

A segunda-feira (13) chega ao final com os preços futuros do milho ostentando fortes ganhos na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 60,65 e R$ 72,10, após subirem até 5%.

O vencimento novembro/23 foi cotado à R$ 60,65 com alta de 0,63%, o janeiro/24 valeu R$ 68,17 com valorização de 5,33%, o março/24 foi negociado por US$ 71,70 com elevação de 4,32% e o maio/24 teve valor de R$ 72,10 com ganho de 4,57%.

Para o Analista de Mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o atraso no plantio da soja e nas negociações de insumos está atuando para alavancar os preços futuros do milho nesta segunda-feira.

“Nós esperávamos que bateria os R$ 70,00 no final da semana passada e agora eu acho que vão à R$ 75,00 essas posições de março/24 e maio/24 porque o milho continua barato tanto no mercado interno quanto no externo”, avalia Brandalizze.

O Brasil começou o mês de novembro embarcando 2.390.892 toneladas de milho não moído (exceto milho doce) para exportação, de acordo com o mais recente reporte da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Isso já representou 40,5% do que o total exportado em novembro de 2022 (5.889.630,8 toneladas).

Com isso, a média diária de embarques nestes 7 primeiros dias úteis ficou em 341.556 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representou elevação de 16% com relação as 294.481,5 do décimo primeiro mês de 2022.

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também teve um primeiro dia da semana positivo. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorização apenas em Castro/PR e Sorriso/MT. Já as valorizações apareceram nas praças de Não-Me-Toque/RS, Ubiratã/PR, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Eldorado/MS, Luís Eduardo Magalhães/BA, Cândido Mota/SP, Itapetininga/SP, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.

Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, o clima no Brasil ainda preocupa e isso tem resultado em diminuição nas negociações envolvendo o milho.

De acordo com colaboradores do Cepea, “a chuva em excesso no Sul do país vem reduzindo a expectativa de produtividade, e a falta de umidade e a elevada temperatura no Centro-Oeste atrasam a semeadura de soja, o que pode limitar a janela considerada ideal para as atividades envolvendo milho”.

“Neste cenário, consumidores estão mais ativos no spot, atentos à possibilidade de redução na oferta e a possíveis reajustes positivos nos preços, enquanto vendedores estão afastados, acreditando em valorização do milho”, destaca o Cepea.

Mercado Externo 

Os preços internacionais do milho futuro também tiveram uma segunda-feira muito positiva na Bolsa de Chicago (CBOT).

O vencimento dezembro/23 foi cotado à US$ 4,77 com elevação de 13,25 pontos, o março/24 valeu US$ 4,92 com valorização de 13,75 pontos, o maio/24 foi negociado por US$ 5,02 com ganho de 13,50 pontos e o julho/24 teve valor de US$ 5,10 com alta de 13 pontos.

Esses índices representaram valorizações, com relação ao fechamento da última sexta-feira (10), de 2,80% para o dezembro/23, de 2,71% para o março/24, de 2,87% para o maio/24 e de 2,62% para o julho/24.

Segundo informações da Agrinvest, os futuros do milho se recuperaram das mínimas de três anos que foram registradas na última sexta-feira (10).

“Nas últimas sessões o milho americano foi fortemente pressionado diante do aumento dos níveis de produtividade da safra 23/24 dos EUA. Entretanto, com os preços mais atrativos, isso gerou uma compra relâmpago de milho pelo México nesta segunda-feira”, destacou a consultoria.

Por: Guilherme Dorigatti

Fonte: Notícias Agrícolas

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