O USDA divulgou na ultima semana (28/09) novos reportes do acompanhamento da safra 2018/19 de milho nos EUA, que está em pleno período de colheita.

Nesse sentido, as condições das lavouras continuam mais favoráveis em relação aos anos anteriores, visto que 69% dos campos do cereal estão em boas e excelentes condições, contra 63% observados na safra passada.

Dado a manutenção do clima nos últimos dias, não houve alteração nas condições das lavouras nessa semana. No que tange à evolução na colheita, esta passou de 16% para 26% da área estimada, o que representa um avanço de 10 p.p. em relação ao mesmo período do ano passado.

Assim, com a entrada de milho disponível no mercado e a expectativa de mais uma safra recorde no país norte-americano, o mercado deve continuar acompanhando o comportamento das condições climáticas e o desempenho da colheita até a sua consolidação.

Confira os principais destaques do boletim: 

• Com alta semanal de 0,78% e cotação média de R$ 22,72/sc, o preço do milho em Mato Grosso ainda segue fortalecido pela procura da demanda interna.

• Diante de uma demanda mais elevada pelo milho norte-americano, as cotações na CME-Group para dez/18 e jul/19, após contínuas quedas, apresentaram nesta semana um avanço de 3,52% e 2,76%, respectivamente.

• O dólar encerrou a semana com baixa de 1,57% e cotação média de R$ 4,04/US$, em consequência tanto de fatores internos, quanto externos.

• Mesmo com a desvalorização nas cotações do dólar, a alta na CME e nos prêmios fez com que a paridade de exportação para jul/19 exibisse avanço de 2,16% e cotação média de R$ 21,61/sc.

INTENSIFICAÇÃO DAS VENDAS:

A demanda pelo milho dos EUA na safra 2018/19 vem sendo intensificada nos últimos dias. Para se ter uma ideia, na divulgação do USDA em relação às vendas para exportação durante a semana do dia 20/set, o país negociou um volume de 1,71 milhão de toneladas, ficando acima das expectativas do mercado para o período.

Com isso, as negociações do milho norte-americano com destino ao exterior já acumulam 18,27 milhões de toneladas na safra 18/19, o que representa 29,97% do volume esperado que os EUA exportem até o fim da safra e 35,65% mais adiantado em relação à média dos últimos três anos.

Assim, a demanda mais aquecida pelo cereal norteamericano vem dando suporte às cotações na bolsa de Chicago, que fechou a semana com um ganho de 3,52% para o contrato de dez/18, mesmo após o USDA divulgar na sexta-feira em seu relatório trimestral de estoques, um volume de milho acima do que era aguardado pelo mercado.

Fonte: IMEA