A quinta-feira (8) é, mais uma vez, de preços altos para o milho na B3. Perto de 12h15 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 1,05% e 1,54%, com o setembro/21 sendo cotado a R$ 97,20 por saca. O mercado hoje, além das perdas já conhecidas, trabalha também observando o novo levantamento de safras da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).

No entanto, como explica Vlamir Brandalizze, “os números assustaram o mercado apontando a safrinha com 67 milhões de toneladas, um número bem acima do que o mercado está trabalhando – na casa de 60 milhões. Há uma divergência bem grande agora”. A grande diferença ficou para o estado do Paraná, um dos principais estados produtores de milho segunda safra. A Conab apontou 10,3 milhões de toneladas, contra números menores das associações de classe locais.

A alta do dólar frente ao real nesta quinta-feira também contribui para o avanço das cotações do cereal na B3. Perto de 12h30, a moeda americana tinha ganho de 0,52% para R$ 5,27.

Bolsa de Chicago

Na Bolsa de Chicago, as cotações trabalhavam com leve recuo, perdendo entre 2,25 e 3,25 entre as posições mais negociadas. O setembro tinha US$ 5,40 e o dezembro, referência importante para a safra americana, US$ 5,27 por bushel.

Ainda como explica Brandalizze, há leve pressão sobre os preços do milho na CBOT ainda por conta do clima melhor sendo esperado para o cinturão de produção nos EUA, mas com a safra não apresentando sua melhor forma neste momento. Assim, os indicativos tentam se segurar entre US$ 5,00 e US$ 5,50, “e há fôlego para se manter nestes níveis”.

O mercado também se prepara para receber o novo relatório mensal de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz na semana que vem.

“O que vem do USDA é o que vai determinar os indicativos das próximas semanas”, diz Brandalizze.

Fonte: Notícias Agrícolas