O preço da soja disponível em MT encerrou o mês com variação negativa ante o fechamento anterior, cotado a R$ 64,47/sc, uma diminuição de 1,16% em relação a mai/19. Um dos principais fatores que pautaram a desvalorização em Mato Grosso foi o dólar, que fechou o mês com recuo de 2,75%, reflexo da decisão do FED — banco central dos EUA — que manteve estável a taxa de juros, e do cenário político local, sendo um dos principais focos a tramitação da reforma da previdência.

No que se refere à bolsa de Chicago, por mais que o fechamento mensal tenha apresentado um aumento de 2,51% em relação a mai/19, isso não foi o suficiente para compensar a desvalorização da moeda norte-americana.

Por isso é importante o produtor ficar atento à variação cambial, para elaborar a melhor estratégia de comercialização, a fim de otimizar seus ganhos.

Confira os principais destaques do Boletim:

• O contrato corrente na bolsa de Chicago apresentou uma desvalorização de 1,18%, fechando a semana em US$ 8,99/bu. Pesaram na queda da cotação os fundamentos baixistas, como a alta oferta de grãos dos EUA.

• A paridade mar/20 fechou a semana a R$ 63,41/sc, decréscimo de 2,66%, influenciado pela queda das cotações na bolsa CME-Chicago e dólar.

• O prêmio no porto de Santos encerrou com desvalorização de 6,73%, reflexo do menor interesse pela soja brasileira e também da queda do dólar.

• O dólar fechou a semana a R$ 3,84/US$, com decréscimo de 0,58%, motivado pelas expectativas em torno da tramitação da reforma da previdência brasileira.

ÁREA MENOR: O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) divulgou nesta sexta (28/06) seu relatório, no qual atualizou suas estimativas para a área de soja da safra 2019/20.

De acordo com os dados, a área de soja foi estimada em 32,08 milhões de hectares, uma redução de 10,04% menor que a área da safra passada. Caso se confirme, esta será a menor área de soja nos EUA desde 2013. Com isso, a produção estimada ficou em 106,82 milhões de toneladas, queda de 13,62% em comparação à safra 2018/19. Esta diminuição na área é atribuída, principalmente, às condições climáticas adversas que foram observadas nos últimos meses.

Também foram divulgadas pelo USDA as informações referentes aos estoques trimestrais, que ficaram em 01/jun com 48,72 milhões de toneladas, 47,00% maiores que os registrados em 01/junho de 2018. Após a divulgação, as cotações do contrato corrente da soja fecharam sexta-feira, 28/06, em alta na CME-Chicago de 1,44%.

Fonte: IMEA