Vendas de soja 2023/24 do Brasil avançam por necessidade de caixa, diz Safras

As vendas da safra 2023/24 de soja do Brasil atingiram 36,6% da produção projetada

SÃO PAULO (Reuters) -As vendas da safra 2023/24 de soja do Brasil atingiram 36,6% da produção projetada, com produtores realizando negócios por necessidade de fazer caixa para honrar compromissos financeiros que vencem no primeiro semestre, apontou a consultoria Safras & Mercado nesta segunda-feira.

Com a alta de 4,7 pontos no índice de comercialização mensal, o percentual ficou ligeiramente à frente do ritmo da mesma época do ano passado, apesar dos preços baixos da commodity, que oscilaram nos menores níveis em cerca de três anos na bolsa de Chicago ao longo de fevereiro.

Em igual período do ano passado, a negociação envolvia 35,4% da safra nacional.

“A comercialização até que andou porque os produtores, apesar dos preços em baixa, têm necessidade de caixa, muitos têm necessidade de caixa, muitos não estão capitalizados e muitos precisam vender mesmo durante a colheita”, afirmou o especialista de Safras Luiz Fernando Roque.

“Essa necessidade de caixa “fez com que, mesmo um mercado registrando preços mais baixos, parte dos produtores tivesse de avançar nas vendas, isso melhorou um pouquinho, não que tenha melhorado muito”, afirmou.

Segundo ele, esta foi a “novidade” da comercialização no último mês em relação a uma situação anterior, quando muitos produtores seguraram vendas.

Mesmo assim, permanece um grande atraso na comparação com a média histórica para o período, de 50,1%.

“A gente viu que em alguns momentos, quando o mercado parou de cair, o produtor avançou nas vendas, mas naturalmente o ritmo ainda é abaixo da média. Então o produtor vai tentar segurar o máximo possível até os preços melhorarem.”

Considerando o total previsto para a safra brasileira pela consultoria, de 149,1 milhões de toneladas, o total de soja já negociado é de 54,5 milhões de toneladas.

(Por Roberto Samora; edição de Letícia Fucuchima e Marta Nogueira)

Fonte: Reuters

Soja: Preços no Brasil podem subir até R$ 6/saca entre março e novembro, afirma Carlos Cogo

Precificação dos riscos climáticos da nova safra americana e melhora contínua dos prêmios no BR no radar

Os preços da soja têm espaço para subirem e recuperarem cerca de R$ 6,00 por saca – ou 5% – entre os meses de março e novembro no mercado brasileiro. A projeção é do sócio-diretor da Cogo Inteligência em Agronegócio, Carlos Cogo. “Os preços da soja deverão seguir uma trajetória ascendente nos próximos meses”, afirma o executivo. E o ambiente, segundo ele, ainda deverá oferecer “oportunidades para traçar estratégias de vendas futuras: Hedge, Put e Call”.

A análise da Cogo Inteligência em Agronegócio sinaliza que este caminho de fôlego e recuperação para as cotações da oleaginosa passam por uma melhora contínua dos prêmios no Brasil, os quais têm apresentado indicativos já positivos nos vencimentos a partir de agosto, combinados com as referências na Bolsa de Chicago atuando em uma faixa mais estreita de US$ 11,50 a US$ 11,80 pos bushel. Dessa forma, as paridadades de exportação – baseadas nos preços futuros, dólar futuro na B3 e prêmios nos portos – já sinalizam indicativos melhores para os produtores brasileiros.

Segundo um levantamento da consultoria, em valores atualizados nesta segunda-feira (11), os valores traziam como indicativos R$ 125,44 no março/24; R$ 127,94 no maio/24; R$ 131,12 no julho/24; R$ 132,49 no agosto/24; R$ 132,77 no setembro e R$ 134,05 por saca no novembro.

Assim, as novas nuances que vão se desenhando no mercado global de soja devem ser acompanhadas bem de perto, monitoradas com constância para que as oportunidades possam ser bem aproveitadas pelos sojicultores. A partir deste ponto, além dos números números da safra 2023/24 de soja estão terminando de se definir, da safra da Argentina terminando de se desenvolver, e de um comportamento demandador da China já conhecido, o horizonte vai recebendo ainda as expectativas da nova safra dos Estados Unidos.

Até este ponto, o desafio se dá sobre a projeção de uma nova safra norte-americana podendo ser recorde, em especial pelo aumento considerável de área projetado até momento pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) – durante o Outlook Forum, em fevereiro – e os contratos futuros, a partir de novembro de 2024, já apontando algum viés de baixa. No entanto, antes mesmo do início do plantio da nova temporada americana, o “weather market”, ou o mercado climático, deve trazer uma volatilidade considerável aos futuros dos grãos e junto dela, as oportunidades também poderão aparecer.

“O fenômeno La Niña pode se apresentar a partir de junho, com um “weather market” trazendo oscilações intensas em Chicago, podendo haver uma precificação do risco de quebra da safra dos EUA no mercado futuro. Afinal, o  mercado de commodities agrícolas é dinâmico e reage a fatores climáticos, econômicos e sazonais”.

À ESPERA DAS NOVAS NOTÍCIAS 

O mercado da soja na Bolsa de Chicago, nesta segunda-feira (11), trabalhou o dia todo com estabilidade, do lado negativo da tabela, e assim concluiu os negócios. Os futuros da oleaginosa fecharam o dia com pequenas baixas de 2 a 4,75 pontos, com o maio sendo cotado a US$ 11,79 e o agosto – referência importante para a safra americana – com US$ 11,86 por bushel.

Até que estas novas notícias e, principalmente, estes novos riscos fiquem mais claros para o mercado, o intervalo dos preços deverá permanecer ainda pouco alterado, respeitando um cenário que já conhece. Aos poucos, os mapas climáticos para os Corn Belt começarão a dominar o noticiário internacional e o humor dos traders na CBOT, os quais irão cruzar as previsões, com as decisões dos produtores americanos para o plantio e dos sul-americanos para a comercialização.

Fonte: Notícias Agrícolas

Vendas de soja 2023/24 do Brasil avançam para 36,6% da colheita projetada, diz Safras

SÃO PAULO (Reuters) – As vendas da safra 2023/24 de soja do Brasil atingiram 36,6% da produção projetada, estando ligeiramente à frente do índice da mesma época do ano passado, mas com atraso na comparação com a média histórica para o período, apontou a consultoria Safras & Mercado nesta segunda-feira.

Em relação ao mês anterior, a comercialização avançou 4,7 pontos percentuais, disse a Safras em relatório.

Em igual período do ano passado, a negociação envolvia 35,4% e a média de cinco anos para o período é de 50,1%.

Considerando o total previsto para a safra brasileira pela consultoria, de 149,1 milhões de toneladas, o total de soja já negociado é de 54,5 milhões de toneladas.

(Por Roberto Samora)

Fonte: Reuters

AgRural: Soja 2023/24 está 55% colhida no Brasil; plantio da safrinha de milho chega a 93% no Centro-Sul

A colheita da safra 2023/24 de soja chegou na quinta-feira (07) a 55% da área cultivada no Brasil, contra 48% na semana anterior e 53% um ano atrás, de acordo com levantamento da AgRural. A diminuição da vantagem em relação aos anos anteriores deve-se ao fato de agora a colheita estar concentrada em áreas que foram plantadas com atraso.

Chuvas constantes também têm colocado freio aos trabalhos, especialmente no Matopiba. Mesmo assim, os problemas de qualidade causados pela alta umidade são apenas pontuais. No Rio Grande do Sul, outro estado que tem calendário mais tardio e plantou com atraso, a colheita ainda é muito incipiente, mas as lavouras estão em boa forma e a expectativa é de boas produtividades.

Soja recua em Chicago nesta 2ª feira, devolvendo ganhos da última sessão

Os preços da soja caem na Bolsa de Chicago na manhã desta segunda-feira (11). O mercado ainda termina de digerir os números trazidos pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) na última sexta-feira (8), porém, sem muita intensidade, além de devolver parte dos bons ganhos registrados na sesssão anterior.

As posições mais negociadas, por volta de 6h50 (horário de Brasília), as cotações perdiam de 3,75 a 5 pontos, com o maio sendo cotado a US$ 11,80 e o agosto a US$ 11,84 por bushel.

O mercado monitora a demanda chinesa – que foi revisada para cima pelo USDA, passando de 102 para 105 milhões de toneladas em suas estimativas de importação, a conclusão da safra da América do Sul e já aguarda, no final deste mês, por novos dados de área nos EUA para a safra 2024/25, que começa a ser plantada nos próximos meses.

Os traders também permanecem atentos também aos impactos do macrocenário e das novas notícias que vão se apresentando nos próximos dias e pesam sobre as commodities agrícolas, em especial aos derivadsos de soja.

Fonte: Notícias Agrícolas

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