As manifestações dos caminhoneiros se intensificaram durante o final de semana e já podem ser registradas em diversos pontos do país. A paralisação de centenas de motoristas de caminhão dão sequência aos protestos que começaram logo no dia 30 de outubro, quando brasileiros foram às ruas questionando a lisura do processo eleitoral e se intensificaram depois do relatório das Forças Armadas que não descartava fraude no processo, inclusive pedindo investigações urgentes.

As interdições e bloqueios já interferem nas operações nos portos, em especial o de Paranguá. No Rio Grande do Sul, há também preocupações crescentes e um fluxo mais contido de negócios.

PORTO DE PARANAGUÁ

No Paraná, a entrada e saída da cidade de Paranaguá estão bloqueada e, por isso, as operações no porto local – um dos mais importantes do Brasil – não ocorrem normalmente. De acordo com o departamento de comunicação da APPA (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina), o terminal embarca apenas aquilo que já tem de carga nos silos e/ou de caminhões que já estão nos pátios do porto de Paranaguá.

“Acompanhamos tudo isso com muita preocupação. Ainda não é possível sentir com muita intensidade os problemas, mas caso isso vá levando mais tempo e os bloqueios se estendo por mais dias, os problemas serão mais sérios”, afirma a APPA. “Os terminais que recebem os graneis por agendamentos já começam a parar de agendar esses recebimentos temendo os problemas mais graves a frente”.

PORTO DE RIO GRANDE

A entrada do Porto de Rio Grande está liberada, porém, as manifestações estão se intensificando no estado gaúcho, com algumas informações de coordenadores do movimento falando sobre a possibilidade de uma paralisação total do transporte a partir do dia 26 de novembro. O comunicado fala ainda que, em todos os dias, “ambulância, caminhões com remédios, insumos hospitalares, ônibus de turismo e passageiros passarão normalmente. Está será a greve mais organizada e todos os tempos, sem tirar o direito de ir e vir”.

Na semana passada, segundo a diretora da De Baco Corretora, Rita De Baco, os caminhões “desapareceram” nos fretes para o Paraná, com muita gente parando ou com medo de carregar por medo das paralisações.

“Os negócios andam, mas poderiam andar mais. Muitos estão receosos sobre as paralisações, não temos essa certeza. Se parar, prejudica tudo e o mercado dá uma estagnada bem complicada. Precisamos carregar o trigo, a safra é muito grande no Rio Grande do Sul, há os pagamentos por vencer, alguns carregamentos estão mais lentos, e não foi tirado todo o produto”, explica Rita.

Assim, tudo é acompanhado muito de perto e com muita atenção.

PORTO DE SANTOS

No porto de Santos, as operações estão normais. Não há bloqueios ou pontos de paralisação na região dos terminais e tudo flui normalmente, segundo a Autoridade do Porto de Santos.

Fonte: Notícias Agrícolas