Os preços do milho voltaram a subir forte na B3 nesta quarta-feira (7) e se recuperam das baixas da sessão anterior, quando o mercado vinha realizando lucros. Perto de 11h50 (horário de Brasília), as altas dos principais contratos variavam entre 0,81% e 1,43%. Assim, o julho tinha R$ 93,07 e o setembro, R$ 94,34 por saca.

De um lado, o mercado segue acompanhando as questões da oferta e da preocupação com um volume mais ajustado de produto. Os prejuízos com as geadas recentes continuam a ser contabilizados e podem resultar em uma segunda safra no Brasil ainda menor, o que poderia refletir em preços ainda mais sustentados.

Somente em Goiás, nos últimos dias, os preços do cereal subiram cerca de R$ 5,00 por saca, para alcançar uma média de R$ 73,10 em relação à semana anterior, justamente em reflexo perdas ocasionadas pelas adversidades climáticas.

Apesar disso, permanece a baixa liquidez no mercado nacional de milho, como explica Vlamir Brandalizze. “Os vendedores, neste momento, querem valores maiores do que os praticados atualmente no Centro-Oeste. Desta forma, nada de movimento nos portos, e preços que seguem firmes no mercado interno”, diz o consultor da Brandalizze Consulting.

Também nesta quarta, o mercado encontra espaço para subir na B3 motivado pelo dólar. A moeda americana continua subindo frente à brasileira, com alta de 0,84%, perto de 12h05, e chegando aos R$ 5,25.

De outro lado, os analistas e consultores de mercado reforçam a influência do milho importado, já mais competitivo em alguns fornecedores, como a Argentina, que acabam limitando as cotações.

Bolsa de Chicago

Na Bolsa de Chicago, os futuros do cereal, por outro lado, recuam no pregão de hoje. Mais cedo, alguns pequenos ganhos foram registrados, porém, o mercado passou para o lado negativo da tabela e, por volta de 12h10 (horário de Brasília), cediam entre 7 e 18 pontos, com o julho valendo US$ 6,49 e o dezembro, US$ 5,21 por bushel.

Pressionando os preços estão as condições melhores de clima nos Estados Unidos e a manutenção do índice de lavouras em boas ou excelentes condições nos 64%, de acordo com o último boletim semanal de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Fonte: Notícias Agrícolas