Segundo lideranças, há especulações de mercado e incertezas sobre o futuro do setor no curto prazo

O mercado sa suinocultura independente viu quedas nas principais praças que comercializam o animal nesta modalidade nesta quinta-feira (16). As lideranças do setor apontam mercado especulado, além de incertezas que causam a antecipação de vendas dos animais.

Em São Paulo o mercado, que na semana passada rodou com valor de R$ 8,00/kg vivo, com acordo entre frigoríficos e suinocultores, nesta quinta-feira (16) não obteve consenso entre as partes, ficando sem referência de valor segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS).

“O mercado está bastante especulado, portanto, não conseguimos formar um valor nominal para o setor. Talvez nas próximas horas, ou até amanhã (sexta-feira) pela manhã possamos ter”, disse o presidente da entidade, Valdomiro Ferreira.

No mercado mineiro, houve recuo, saindo de R$ 7,70/kg vivo na semana passada para R$ 7,30/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).

“Alguns comportamentos dos ciclos de baixa já são conhecidos: quando há mais incerteza que confiança, em relação ao futuro de curto prazo, as ofertas crescem independentemente da quantidade real de cevados nas granjas. O produtor, na tentativa de antecipar sua comercialização em relação às possíveis baixas, acaba ele mesmo causando-as. E tem algo de errado nisso? Não, é o comportamento de qualquer cadeia de produção. Para o momento atual, o melhor a fazer é dosar a comercialização para quem conseguir. Não há nenhuma alteração de fundamentos que sugira que isso irá se prolongar. E não podemos esquecer que carne mais barata, ajuda a dar vazão na produção”, apontou o consultor de mercado da entidade, Alvimar Jalles.

Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal teve queda, saindo de R$ 7,35/kg vivo para R$ 7,15/kg vivo nesta semana.

“Eu acreditava que nesta semana teríamos um pequeno aumento no preço pago ao produtor, uma vez que houve um aumento significativo de R$ 0,20 ontem na Aurora, mas teve uma queda na Bolsa de Santa Catarina de R$ 0,20. É difícil entender esse mercado, essa oscilação toda que tem e o ponto em que chegamos”, disse o presidente da entidade, Losivanio de Lorenzi.

No estado do Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 02/03/2023 a 08/03/2023), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 2,47%, fechando a semana em R$ 6,90/kg vivo.

“Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente estabilidade, podendo ser cotado a R$ 6,90/kg vivo”, informa o reporte do Lapesui.

Fonte: Notícias Agrícolas com adaptações Suino.com