Liderança aponta dúvida entre escassez de oferta ou retenção por parte de produtores como motivo para altas

Nesta quinta-feira (31) a maioria das praças que comercializam suínos na modalidade independente registraram aumento nos preços. Existe a possibilidade de que a oferta de animais esteja menor, ou que os suinocultores estejam retendo os animais para conquistar as altas.

Em São Paulo, o preço subiu, saindo de R$ 6,13/kg vivo para R$ 6,40/kg vivo, com consenso entre suinocultores e frigoríficos, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS).

No mercado mineiro, houve aumento de R$ 6,30/kg vivo para R$ 6,50/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).

“O mercado de suínos está aquecido. Há escassez de animais e ainda não está claro se é por falta de oferta ou retenção ativa do produtor. Mas isso avalizou a alta da cotação do suíno vivo”, disse o consultor de mercado da Associação, Alvimar Jalles.

Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal teve elevação de 5,70/kg vivo para R$ 6,06/kg vivo nesta semana.

“Subiu R$ 0,36 centavos da semana passada para cá, mas ainda longe de ter rentabilidade para o produtor, porque do jeito que está, bastante gente está deixando a atividade. A região de Braço do Norte está trazendo suínos de outras regiões para abater, e sempre foi uma região que ‘exportava” animais, porque o produtor não vê mais esperança, estão desistindo. São três anos de crise e não há quem suporte na suinocultura independente”, destacou o presidente da entidade, Losivanio de Lorenzi.

No estado do Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 24/08/2023 a 30/08/2023), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 3,57%, fechando a semana em R$ 5,61/kg vivo.

“Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente alta, podendo ser cotado a R$ 5,90/kg vivo”, informa o reporte do Lapesui.

Fonte: Notícias Agrícolas