Apesar de ter havido queda em algumas praças, frigoríficos e suinocultores conseguiram entrar em acordo

As bolsas de comercialização da suinocultura independente no Brasil que foram realizadas na quinta-feira (9) demonstraram que o andamento dos preços foi em diferentes direções. O que houve em comum entre elas foi o acordo entre frigoríficos e suinocultores.

Em São Paulo o mercado registrou leve alta, saindo de R$ 7,92/kg vivo para R$ 8,00/kg vivo, com acordo entre frigoríficos e suinocultores, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS).

“Observa-se no momento que o produtor de suínos está com maior poder em relação aos frigoríficos. Há uma disputa muito forte entre os frigoríficos tanto na carcaça quanto em alguns cortes; por parte dos produtores, existe a questão de uma redução na oferta e no peso dos animais, principalmente provenientes da região Sul do país. Isso fez com que, com a perspectiva da entrada da massa salarial nesta semana, seja possível crer que num melhor comportamento do mercado atacadista e varejista para os próximos três dias, dando sustentação pelo novo preço estipulado pelos produtores”, disse o presidente da entidade, Valdomiro Ferreira.

No mercado mineiro, houve recuo, saindo de R$ 8,40/kg vivo na semana passada, quando não houve acordo, para R$ 7,70/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).

“Depois de um final de ano com início do outro tendo uma das maiores taxas de desacordo da história Bolsa mineira, os produtores e frigoríficos voltaram a se acertar pela liquidez do mercado mineiro. O mercado no estado estava girando com valores acima do nível de preços brasileiro o que tem seus efeitos sobre o nível de vendas e de preços ao produtor”, apontou o consultor de mercado da entidade, Alvimar Jalles.

Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal teve leve aumento, saindo de R$ 7,30/kg vivo para R$ 7,35/kg vivo nesta semana.

“Tivemos uma leve reação esta semana, embora esperássemos que o aumento seria maior já que vemos no mercado as boas notícias para o setor. Mas é importante que tenha alta, ainda que leve, para podermos sair o quanto antes do prejuízo”, disse o presidente da entidade, Losivanio de Lorenzi.

No estado do Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 02/03/2023 a 08/03/2023), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 3,57%, fechando a semana em R$ 7,08/kg vivo.

“Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo se mantenha, podendo ser cotado a R$ 7,26/kg vivo”, informa o reporte do Lapesui.

Fonte: Notícias Agrícolas com adaptações Suino.com