Lideranças apontam divergências entre frigoríficos e suinocultores, com queda de braço para manter os preços

Os preços no mercado independente de suínos ficaram, na maioria, estáveis nesta quinta-feira (27), com algumas praças sem acordo entre suinocultores e frigoríficos. Lideranças apontam uma necessidade de manutenção ou aumento nos preços, em queda de braço com os frigoríficos exercendo pressão de baixa.

Em São Paulo, após cinco semanas consecutivas com o preço estabelecido em R$ 7,22/kg vivo, nesta quinta-feira (27) não houve comercialização, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). A entidade aponta que não houve acordo entre suinocultores e frigoríficos, mas que é possível que negócios sejam realizados nas próximas horas.

“Acho que a Bolsa foi positiva, vamos brigar por uma alta. Não podemos continuar com esse marasmo que está, já que temos temperaturas mais baixas, início do mês de maio, às vésperas do Dia das Mães, que é a segunda melhor data de venda. Acho que a ideia da Bolsa hoje foi excelente”, a corretora de suínos da cidade de Holambra (SP) Susana Twijsel, em declaração ao presidente da APCS, Valdomiro Ferreira.

Ferreira pontua que a ideia é forçar uma alta em decorrência da primeira semana do mês. “O mercado é soberano, e a queda de braço está lançada”.

No mercado mineiro, ficou estável em R$ 6,50/kg, sem acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).

“Depois de um acordo na semana passada surgiu nova divergência na visão do mercado entre produtores e frigoríficos. Enquanto o produtor pleiteava a manutenção, os frigoríficos alegavam necessidade de baixa. Sem acordo, ficará para o mercado da definição do preço a ser efetivamente praticado. A expectativa de início de mês, salários sendo recebidos e datas festivas animam os produtores”, disse o consultor de mercado da entidade, Alvimar Jalles.

Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal ficou estável em R$ 6,42/kg vivo nesta semana em Santa Catarina.

No estado do Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 20/04/2023 a 26/04/2023), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta de 0,78%, fechando a semana em R$ 6,19/kg vivo.

“Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente alta, podendo ser cotado a R$ 6,35/kg vivo”, informa o reporte do Lapesui.

Fonte: Notícias Agrícolas