Colheita da safrinha, exportação da Ucrânia e acordo com a China pesam na B3 e na CBOT

A quinta-feira (26) começa com os preços futuros do milho estendendo as movimentações negativas registradas ontem na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuavam na faixa entre R$ 90,00 e R$ 97,00 por volta das 09h21 (horário de Brasília).

O vencimento julho/22 era cotado à R$ 90,39 com desvalorização de 1,01%, o setembro/22 valia R$ 93,46 com baixa de 0,90%, o novembro/22 era negociado por R$ 95,75 com perda de 0,68% e o janeiro/23 tinha valor de R$ 97,91 com queda de 0,60%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, que a Bolsa Brasileira sentiu reflexo das quedas apresentadas no mercado internacional com a baixa da Bolsa de Chicago. Além disso, o início da colheita da safra no Mato Grosso atua para começar a derreter a B3.

“De agora em diante vai engrenar e vai evoluir a colheita. Hoje os portos brasileiros trabalham na faixa entre R$ 92,00 e R$ 95,00 e não se falam mais em R$ 100,00 no porto”, pontua Brandalizze.

Mercado Externo

A Bolsa de Chicago (CBOT) também começou a quinta-feira com os preços internacionais do milho futuro flutuando em campo negativo por volta das 09h05 (horário de Brasília).

O vencimento julho/22 era cotado à US$ 7,60 com desvalorização de 11,75 pontos, o setembro/22 valia US$ 7,28 com queda de 11,25 pontos, o dezembro/22 era negociado por US$ 7,13 com preda de 10,25 pontos e o março/23 tinha valor de US$ 7,17 com baixa de 10,00 pontos.

Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho dos Estados Unidos caíram nesta quinta-feira com a esperança de que a oferta de grãos da região do Mar Negro possa começar a se mover, enquanto também há preocupações com a demanda da China, principal consumidor.

A publicação destaca que, a Rússia está pronta para criar um corredor humanitário para navios que transportam alimentos para deixar a Ucrânia em troca do levantamento de algumas sanções, segundo a agência de notícias Interfax, citando o vice-chanceler russo Andrei Rudenko.

“A escassez de oferta diminuirá significativamente se as exportações começarem da Ucrânia. Mas o mercado está cético. A infraestrutura portuária na Ucrânia foi seriamente danificada nos confrontos e precisa de tempo para restaurá-la”, disse um negociante de Mumbai com uma empresa de comércio global.

O milho também estava sob pressão por causa da decisão da China de aprovar as importações do Brasil, o que poderia prejudicar as exportações dos Estados Unidos.

Fonte: Notícias Agrícolas