Os Estados do Sul e Sudeste unem esforços em prol da defesa agropecuária. Os governadores de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro assinaram protocolo de intenções para integrar as políticas públicas voltadas ao setor agropecuário. Este foi um dos resultados do 5ª Encontro do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), que aconteceu em Florianópolis (SC) na última sexta-feira e sábado. Foram firmados acordos também nas áreas de infraestrutura e meio ambiente.

“Esses acordos de cooperação são alguns dos resultados concretos dos encontros do Cosud. As boas iniciativas precisam ser replicadas entre os Estados, gerando benefícios diretos para o cidadão”, disse o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés.

Na área da agricultura, a intenção é fortalecer as ações de defesa sanitária animal e vegetal nos Estados integrantes do Cosud, compartilhando informações técnicas e aprimorando os serviços prestados. Os pontos que terão prioridade nesse primeiro momento serão defesa agropecuária, regulamentação da fiscalização e inspeção de produtos de origem animal e vegetal, pesquisa, inovação, assistência técnica, extensão rural, abastecimento e segurança alimentar, crédito rural e fundiário e regularização fundiária.

“Cada Estado tem sua realidade e suas peculiaridades, porém há um elo entre todos nós que é a manutenção da saúde dos nossos rebanhos e lavouras. É importante que saibamos de que forma cada estado implementa a defesa agropecuária, número de barreiras, pontos fortes e fracos. Isso nos fortalece e traz mais eficiência para as ações de defesa e desenvolvimento rural, além de dar mais segurança para os produtores”, ressalta o secretário da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural de Santa Catarina, Ricardo de Gouvêa.

Uma das grandes preocupações dos secretários da Agricultura e representantes dos órgãos de defesa agropecuária são os focos de Peste Suína Clássica no Ceará, Piauí e Alagoas. Lembrando que todos os Estados do Cosud são considerados área livre da doença.

O Grupo de Trabalho da Agricultura decidiu encaminhar um pedido de informações para que o Governo Federal apresente quais as medidas de contenção dos focos de Peste Suína Clássica e proteção das áreas livres.

O crescimento acelerado dos focos de Peste Suína Africana em países da África, Ásia e Europa também traz um alerta para os Estados do Sul e Sudeste. A PSA já causou a morte de mais de 6,2 milhões de animais no continente asiático. Para evitar a entrada da doença no Brasil, os secretários solicitam o reforço nas ações de vigilância agropecuária em portos e aeroportos.

“Queremos elaborar um documento solicitando melhorias nas ações de vigilância sanitária do Ministério da Agricultura e que essas melhorias constem nos editais de concessão dos portos e aeroportos”, afirma o secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul, Covatti Filho.

A secretária da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Ana Maria Valentini, sugere ainda que o Ministério crie uma Força Nacional Sanitária, um grupo especializado para atuar em emergências sanitárias.

Os secretários de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro trataram ainda da adoção de tecnologias para melhorar os serviços de defesa agropecuária, principalmente nas barreiras sanitárias.

O Grupo de Trabalho fez um levantamento da realidade de cada Estado, com o número de profissionais em cada área, condições das barreiras sanitárias e sistemas de dados dos produtores e rebanhos.

Além dos questionamentos a serem enviados ao Ministério da Agricultura, os secretários da Agricultura criaram grupos técnicos para discutir as diretrizes sobre as barreiras sanitárias, sustentabilidade e para tratar dos produtos artesanais.

Fonte: Assessoria de Imprensa