Depois de algumas semanas de queda, o preço da soja na Bolsa de Chicago iniciou um movimento de recuperação no decorrer dos últimos dias. O contrato corrente chegou a alcançar US$ 10,43/bu, fechando a última semana (25/05) com uma média de US$ 10,33/bu, valorização de 2,66% em relação à semana anterior (18/05).

Este movimento de alta nos últimos dias foi reflexo, principalmente, de especulações sobre um possível acordo comercial entre os Estados Unidos e a China. Caso esse acordo seja fechado, e tende a ser, visto a dependência comercial entre os dois países, pode reaproximá-los ainda mais e fortalecer as relações comerciais entre eles.

Já para a agricultura brasileira, se o acordo for fechado, pode trazer reflexos às exportações nacionais a médio prazo, uma vez que Brasil e EUA são os dois principais fornecedores de soja ao país asiático.

Confira os principais destaques do boletim:

• O preço interno da soja em grão avançou de 0,98% em MT, encerrando com uma média de R$ 70,52/sc. Reflexo, dentre outros fatores, da valorização da oleaginosa em Chicago.

• Depois de sucessivas altas, o Banco Central iniciou na última segunda-feira (21) intervenções no mercado de câmbio, de modo que a taxa de câmbio recuou 0,84%, cotado em média a R$ 3,65/US$.

• A paridade exportação para mar/19 encerrou a semana com variação positiva de 2,00% e média de R$ 66,82/sc.

• A relação de troca de insumos diante do preço de paridade para a safra 18/19 registrou uma queda de 1,96% na última semana. Reflexo do aumento da paridade da soja para mar/19.

ALTA NO DIESEL

A última semana ficou marcada pela greve dos caminhoneiros, devido ao preço do diesel ter atingido o maior valor na série histórica. Em julho de 2017, a Petrobras adotou uma nova política de preço para o diesel, o repasse para o consumidor é realizado quase de um dia para o outro, devido à flutuação do câmbio e do petróleo no mercado internacional.

Ao analisar o preço médio do diesel em MT dado pela ANP, de julho/17 até maio/18, partiu de R$ 3,27/l aos patamares atuais de R$ 3,88/l, reajuste de R$ 0,61/l, o que representa um aumento de 18,8% no período.

Considerando o estudo realizado pelo Imea na safra 16/17, a cadeia da soja consumiu 763,62 milhões de litros de diesel da produção até o escoamento, o que representa 28,1% do total consumido pelo agronegócio.

Essa escalada nos preços representa um impacto significativo ao setor. Agora, as atenções
ficam por conta dos efeitos e os impactos das medidas propostas pelo governo federal para a economia e o setor.

Fonte: Imea