A segunda-feira (23) chega ao final com os preços futuros do milho registrando movimentações no campo negativo da Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 59,88 e R$ 68,00.

O vencimento novembro/23 foi cotado à R$ 59,88 com desvalorização de 1,07%, o janeiro/24 valeu R$ 63,99 com perda de 0,90%, o março/24 foi negociado por R$ 68,00 com queda de 0,58% e o maio/24 teve valor de R$ 67,64 com baixa de 0,09%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as movimentações do milho na B3 refletiram a queda do dólar ante ao real nesta segunda-feira e as flutuações negativas registradas na Bolas de Chicago.

“Chicago perdeu o suporte dos US$ 5,00 para dezembro/23 com o mercado esperando a colheita acima dos 60% nos Estados Unidos. O pessoal está liquidando milho e soja e se posicionando em cima do trigo, que segue positivo”, destaca Brandalizze.

Ao longo de três semanas do mês de outubro, o Brasil embarcou 5.893.406,8 toneladas de milho não moído (exceto milho doce) para exportação, de acordo com o mais recente reporte da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Isso já representa 86,85% do total exportado em outubro de 2022 (6.785.069,5 toneladas).

Com isso, a média diária de embarques nestes 14 primeiros dias úteis ficou em 420.957,6 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representa elevação de 17,9% com relação as 357.108,9 do décimo mês de 2022.

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também teve um primeiro dia da semana negativo. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorizações apenas em Londrina/PR e Itapetininga/SP. Já as desvalorizações apareceram nas praças de Ubiratã/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Sorriso/MT, Brasília/DF, Eldorado/MS e Porto de Santos/SP.

Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que as negociações envolvendo milho estão lentas no Brasil.

“Esse cenário está atrelado à cautela de compradores, que evitam fechar grandes volumes do cereal. Mesmo diante da demanda externa aquecida, demandantes estão atentos à elevada safra nacional e ao reduzido volume comercializado até o momento, cenário que pode levar produtores a aumentarem a oferta nas próximas semanas”, de acordo com pesquisadores do Cepea.

Por outro lado, a publicação ainda destaca que, “alguns vendedores, sem necessidade de fazer caixa e/ou de liberar armazéns, ainda apostam em valorizações e, com isso, estão firmes nos valores pedidos. Nesse contexto, os preços estão apresentando comportamentos distintos entre as regiões acompanhadas pelo Cepea”.

Mercado Externo 

Os preços internacionais do milho futuro encerraram as atividades deste primeiro pregão da semana com movimentações negativas na Bolsa de Chicago (CBOT).

O vencimento dezembro/23 foi cotado à US$ 4,90 com desvalorização de 5,25 pontos, o março/24 valeu US$ 5,04 com baixa de 5,00 pontos, o maio/24 foi negociado por US$ 5,12 com perda de 4,50 pontos e o julho/24 teve valor de US$ 5,17 com queda de 4,50 pontos.

Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última sexta-feira (20), de 1,01% para o dezembro/23, de 0,98% para o março/24, de 0,78% para o maio/24 e de 0,77% para o julho/24.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho caíram quase 1% devido a algumas vendas técnicas, em grande parte estimuladas pelo progresso da colheita.

Outro fator que contribuiu para o recuo foram as perspectivas de produção brasileiras. “Mesmo que o Brasil tenha um início seco para sua nova temporada, a maioria das entidades ainda prevê uma produção recorde neste momento”, destaca Jacqueline Holland, analista da Farm Futures.

Fonte: Notícias Agrícolas

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