O dia começou com estabilidade para os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago, porém, depois disso o mercado da oleaginosa já testou os lados positivo e negativo da tabela de forma considerável, e mostra que a volatilidade continua bastante presente nos negócios desta segunda-feira (8). Assim, perto de 12h10 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 2 e 6,75 pontos, com o novembro valendo US$ 14,11 por bushel.

Novamente, a retomada dos negócios tem influência dos fundamentos – em especial o clima no Corn Belt e a falta de chuvas no oeste do cinturão ainda esperada para os próximos dias -, da geopolítica e do macroeconômico, porém, com um tempero a mais já que na sexta-feira, 12 de agosto, chega o novo reporte mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

As expectativas centrais do mercado estão, neste mês, sobre a possiblidade de redução no potencial produtivo, tanto da soja, quanto do milho. Assim, atenção ainda ao tamanho da safra e dos estoques finais americanos.

Ainda nesta segunda, o USDA trouxe novas vendas de soja e milho para China e demais destinos, ajudando no suporte às cotações da commodity.

Clima nos EUA

Mais uma semana começa com chuvas concentradas mais a leste do Corn Belt e o oeste ainda causando preocupações.

“Os players analisam os modelos climáticos que continuam divergindo, entretanto, sem uma enorme diferença. O Modelo Europeu retirou grande parte das chuvas do Corn Belt, enquanto o americano mostra um clima bem mais seco para os próximos 10 dias. As previsões indicam que o Crop Progress (boletim semanal de acompanhamento de safras do USDA) venha estável ou com uma redução de 1% nas condições boas/excelentes das lavouras de soja e milho. Poderemos ter novas surpresas”, afirma o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa.

Óleo em alta na CBOT

Ainda no foco deste início desta semana, novas altas para o óleo de soja. Os futuros do derivado subiam mais de 1% nesta segunda, acompanhando avanço também dos óleos nos mercados asiáticos. Perto de 12h40, o dezembro subia 1,2% para 64,72 cents de dólar por libra-peso.

“Na China, os futuros do óleo de palma subiram mais de 6% e o óleo de soja, mais de 3,5%. Na quarta-feira, chegam dados de oferta e demanda Malásia e se fala em uma queda da produção, provavelmente, por falta de trabalhadores (…) Por outro lado, os grandes estoques na Indonésia colocam um teto sobre as cotação. Os estoques combinados entre Indonésia e Malásia saíram de 5,15 para quase 8,8 milhões de toneladas do final de dezembro para o final de maio deste ano”, explica Eduardo Vanin, analista da Agrinvest Commodities.

Fonte: Notícias Agrícolas