O mercado brasileiro de soja teve uma semana de preços pouco alterados e de comercialização moderada, após um mês de maio marcado por uma melhora no volume negociado. Os contratos futuros em Chicago e o dólar comercial acumularam desvalorização no período, afastando os negociadores locais.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos seguiu em R$ 78,50. Na região das Missões, a cotação permaneceu em R$ 77,50 a saca. No porto de Rio Grande, preço ficou em R$ 82,50.

Em Cascavel, no Paraná, o preço seguiu em R$ 76,00. No porto de Paranaguá (PR), a saca subiu de R$ 82,00 para R$ 82,50. Em Rondonópolis (MT), a saca ficou em R$ 69,00. Em Dourados (MS), a cotação estabilizou em R$ 70,00. Em Rio Verde (GO), a saca permaneceu em R$ 69,00.

No mercado internacional, o clima nos Estados Unidos segue no foco das atenções. Após um período de umidade que atrasou o plantio, a perspectiva de bom avanço nos trabalhos com a volta do clima seco pressionou as cotações. O mercado também se posiciona frente ao relatório de junho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na terça, 11.

O Departamento deverá indicar redução na estimativa para a safra americana de soja em 2019/20.

Analistas consultados pelas agências internacionais apostam que o USDA indicará produção americana em 2019 de 4,092 bilhões de bushels, contra 4,150 bilhões indicadas em maio e 4,544 bilhões do ano anterior.

Em relação aos estoques de passagem, o USDA deverá elevar a sua estimativa para 2018/19 de 995 milhões para 1,01 bilhão de bushels. Para a 2019/20, o carryover dever subir para 970 milhões de bushels para 987 bilhões.

Os estoques globais da oleaginosa deverão ser reduzidos de 113,2 milhões de toneladas para 113,1 milhões de toneladas em 2018/19. Para a próxima temporada, a expectativa é de estoques de 114,7 milhões, contra 113,1 milhões projetados em maio.

O mercado também deverá prestar atenção aos dados de produção na América do Sul em 2018/19. A safra brasileira deverá ficar praticamente inalterada, na casa de 117 milhões de toneladas. O USDA, no entanto, poderá elevar sua previsão para a Argentina, passando de 56 milhões para 56,1 milhões de toneladas.

Fonte: Agência SAFRAS