O mercado da soja voltou a subir depois das altas intensas registradas mais cedo. Por volta de 14h10 (horário de Brasília) desta segunda-feira (20), os futuros da oleaginosa subiam de 1,75 a 9,25 pontos nos principais vencimentos negociados na Bolsa de Chicago, com o maio de volta aos US$ 14,85 e o julho sendo cotado a US$ 14,66. A exceção era o setembro, que perdia 2,25 para valer US$ 13,45 por bushel.

A soja consegue encontrar espaço para o respiro, mesmo com os mercados vizinhos cedendo tão agressivamente, liderados pelo trigo, que perde mais de 2% na tarde de hoje. Quem também mudou de direção foi o óleo, que passou a subir depois de baixas consideráveis.

O acordo para a garantia do corredor de exportação pelos portos do Mar Negro foi renovado – o que explica a pressão mais intensa sobre os futuros do cereal nesta segunda – mas, o prazo da nova fase ainda é incerto. “A Ucrânia fala em 120 dias, a Rússia em 60. Como quem está no comando das inspeções do corredor é a a Rússia, eu diria que 60 dias é o prazo. A Rússia quer voltar para o sistema de pagamentos, pelo menos fertilizante e grãos”, explica o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities.

Todavia, o andamento das cotações segue refletindo uma combinação de fatores entre fundamentos e técnicos. Do final de semana chega a notícia da compra do Credit Suisse pelo UBS – o que a princípio animou o mercado. Na sequência, porém, as ações voltaram a cair expressivamente. “Os detalhes (da operação) acabaram azendando tudo”, explica Vanin.

E neste ambiente incerto, as commodities se mantêm na defensiva, à espera de novas informações. O petróleo, que mais cedo perdia mais de 1%, amenizava os ganhos e registrava baixas de apenas 0,10% no WTI, com o barril sendo cotado a US$ 66,94.

Fonte: Notícias Agrícolas