O mercado da soja segue caminhando de lado na sessão desta terça-feira (8) se ajustando antes da chegada dos novos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) amanhã. Por volta de 12h30 (horário de Brasília), as cotações subiam de 0,50 a 3,25 pontos, com o janeiro valendo US$ 14,43 e o maio – referência para a nova safra do Brasil – com US$ 14,66 por bushel.

As expectativas são de um reporte mais baixista para os preços, com a possibilidade de uma correção na safra americana. Ao longo do dia, o Notícias Agrícolas traz as expectativas detalhadas para o relatório de amanhã.

No paralelo, permanecem as atenções sobre o clima e o desenvolvimento da nova safra da América do Sul, que – apesar do terceiro ano de La Niña – não traz, ao menos por agora, problemas tão sérios como os registrados no ano passado. Ainda assim, o monitoramento é constante e mantém os traders em alerta.

A China tem visto sua necessidade crescente de compras diante do apagão de farelo que segue sendo registrado no país. “Os estoques continuam caindo e agora o processamento também. O processamento de soja na China caiu na semana passada de 58% para 52%”, explica o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities. Assim, somente na semana passada, outros 12 navios de soja foram comprados, a maior parte de produto do Brasil para embarque março.

Além da oferta, a demanda também é acompanhada de perto, já que permanecem as restritivas medidas de contenção da Covid-19 na China, ao mesmo tempo em que seus estoques de farelo continuam caindo e as margens do esmagamento permanecem positivas.

Nesta terça, o USDA trouxe novos anúncios de vendas de soja não só para a China, mas também México e destinos não revelados. Foram 414,7 mil toneladas, sendo 144 mil toneladas para o México, 138,7 mil para a China e 132 mil para “destinos desconhecidos”, sendo os três volumes da safra 2022/23. No caso do milho, tudo foi comprado pelos mexicanos.

Correndo por fora estão as notícias do financeiro e o comportamento do dólar, que continuam interferindo não só na soja, mas em todas as commodities. Somente nesta terça, a moeda americana testou ganhos de mais de 1%, mas voltou a recuar e, perto de 12h30, tinha baixa de 0,43% para ser cotada a R$ 5,15.

Fonte: Notícias Agrícolas