O mercado da soja realiza lucros depois da nova disparada da sessão anterior e, por volta de 8h (horário de Brasília) desta sexta-feira (3), os futuros da oleaginosa cediam entre 8 e 10,25 pontos nos principais contratos. Assim, o julho tinha US$ 17,19 e o agosto tinha US$ 16,49 por bushel. Na sessão anterior, os preços subiram mais de 2%.

As cotações ainda contam com um cenário fundamentalista muito forte, pautado principalmente na demanda e nos estoques apertados nos Estados Unidos. Do mesmo modo, se acompanha este quadro também para os derivados de soja, em especial o óleo que tem oferta global entre todos os óleos vegetais muito ajustada.

E também no óleo de soja o dia é de correções. Depois de ganhos superiores a 3% na CBOT, o subproduto perde 0,47% no primeiro vencimento, o qual é cotado a 81,06 cents de dólar por libra-peso. E para este mercado, atenção também aos altos preços do diesel e de sua oferta escassa.

Os traders também permanecem focados na fase final do plantio norte-americano e nas condições de clima para o Corn Belt nas próximas semanas, que serão determinantes para o desenvolvimento das lavouras. Outro ponto de atenção sobre a safra 2022/23 é a área a ser efetivamente plantada nos EUA, a qual poderia apresentar mudanças entre soja e milho em relação às estimativas iniciais.

A guerra entre Rússia e Ucrânia, por sua vez, não sai do radar. As especulações sobre o corredor de exportação que poderia ser aberto para as exportações ucranianas seguem influenciando o andamento do mercado de grãos, bem como as próximas reuniões esperadas para a semana que vem, em especial a do dia 8 de junho que acontece na Turquia.

Assim, “na próxima semana temos USDA e mais reuniões entre Rússia e Ucrânia. A reta final do plantio americano também será acompanhada. O apagão do diesel é outro assunto importante”, explica o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities.

Fonte: Notícias Agrícolas