O mercado da soja passa a operar com estabilidade na Bolsa de Chicago no final da manhã desta sexta-feira (9), depois de começar o dia em alta. Os futuros da oleaginosa, por volta de 11h30 (horário de Brasília), perdiam de 1,75 a 2,25 pontos, levando o o janeiro a US$ 14,84 e o maio a US$ 14,93 por bushel. Durante a manhça, os preços chegaram a testar os US$ 15,00, como também aconteceu na sessão anterior.

Os preços passam por uma leve correção e realização de lucros depois de uma semana maracada por uma importante trajetória de alta. Os fundamentos seguem positivos, mas o movimento é de ajuste nesta sexta, como explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.

O mercado segue focado no clima da América do Sul. A Argentina é o ponto central de preocupação, com temperaturas na casa dos 45ºC em algumas regiões e uma seca quase sem precedentes. No Brasil, os olhos todos estão voltados para o sul, em especial o Rio Grande do Sul, onde as condições são semelhantes. E o potencial produtivo vai se perdendo diante das adversidades.

Do outro lado, os traders observam todas as questões ligadas à demanda – com a China estando mais presente no mercado nos últimos dias – buscando entender como o comportamento do consumo se dará nos próximos meses e, naturalmente, como irão influenciar no andamento das cotações.

Ontem, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe duas novas vendas de soja que somaram mais de 800 mil toneladas e ajudaram a animar ainda mais o mercado. Do mesmo modo, em seu reporte semanal de vendas para exportação indicou números para a soja que vieram acima das expectativas e também contribuíram.

E nesta sexta-feira, as atenções se dividem também com a divulgação do novo boletim mensal de oferta e demanda pelo departamento americano.

O reporte deste mês costuma ser mais brando, porém, diante das surpresas reveladas ao longo de 2022, mais uma nova não é descartada para o derradeiro.

Para o analista líder de grãos do portal DTN The Progressive Farmer, Todd Hultman, os principais destaques deverão se dar sobre as estimativas das safras de grãos da América do Sul; de demanda nos Estados Unidos e de trigo no Hemisfério Norte. “E uma surpresa é sempre possível”, diz.

Fonte: Notícias Agrícolas