Nesta quinta-feira (2), o mercado da soja segue operando em alta na Bolsa de Chicago. Os ganhos são modestos e, por volta de 12h20 (horário de Brasília), variavam entre 5 e 9,25 pontos nos principais vencimentos, com o maio conseguindo retomar os US$ 15,00 por bushel. No complexo, novas altas para o farelo – de quase 1% – e baixas para o óleo – de quase 0,3%.

Embora do lado positivo da tabela, o mercado da soja na CBOT caminha de lado e segue esperando por novidades para um posicionamento mais agressivo.

“O USDA não divulgou nenhuma venda extra hoje novamente, marcando o oitavo dia útil sem nenhum anúncio. O mercado esperava ansiosamente pela confirmação dos rumores de
ontem sobre cargos de milho e soja para a China, mas ainda podemos ter a confirmação deste volume caso o USDA divulgue venda extra amanhã”, afirma o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa.

Mais do que isso, as vendas semanais para exportação vieram fracas e dentro das expectativas do mercado, de acordo com os dados divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta quinta.

As vendas de soja na semana encerrada em 23 de fevereiro foram de 360,7 mil toneladas, o menor volume semanal registrado na temporada 2022/23. Ainda assim, o número veio dentro do intervalo esperado pelo mercado de 300 mil a 850 mil toneladas. A China foi o principal destino da oleaginosa dos EUA respondendo pela compra de mais de 218 mil toneladas. Em toda temporada, o país já comprometeu 48,813,8 milhões de toneladas, contra mais de 50 milhões no mesmo período do ano passado. O USDA estima que as exportações totais de soja dos Estados Unidos sejam de 54,16 milhões de toneladas.

Além da demanda, os traders permanecem atentos ao clima na América do Sul para a conclusão da safra 2022/23 – em especial com as perdas se agravando na Argentina e a possibilidade de uma colheita que poderia ficar abaixo de 30 milhões de toneladas.

No Brasil, o dólar sobe frente ao real e alcança, no início da tarde de hoje, R$ 5,21. Os prêmios para a soja brasileira seguem bastante pressionados e o mercado nacional ainda refletindo o esgotamento da capacidade logística do país.

Fonte: Notícias Agrícolas