As baixas entre os futuros da soja continuam no pregão desta segunda-feira (29) na Bolsa de Chicago. As cotações cediam entre 13,75 e 15 pontos nas posições mais negociadas, levando o novembro – perto de 12h (horário de Brasília) – a US$ 14,46 por bushel, enquanto o março e o maio tinham US$ 14,51. Ainda na CBOT, cedem quase 1% os futuros do óleo, com o dezembro valendo U$S 66,24 cents de dólar por libra-peso.

De outro lado, os preços do milho sobem e alcançam, neste início de semana, seus patamares mais elevados em dois meses na CBOT.

Ambos os mercados, segundo explicam analistas e consultores de mercado, seguem de olho nas estimativas nacionais que o Pro Farmer Crop Tour trouxe na última sexta-feira (26), com um número bem menor do que o do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) para o cereal e alinhado no caso da soja, com uma safra que deverá ser recorde e na casa de 123,4 milhões de toneladas.

“Os players continuam focando no clima norte americano que, nesta manhã previu chuvas muito mais leves para o Meio-Oeste. Na sequência, o clima sul-americano começará a tomar protagonismo em CBOT”, explica o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa.

Liderando o Crop Tour EUA-Canadá, junto do Notícias Agrícolas, Sousa está visitando as primeiras lavouras americanas no Meio-Oeste, com bons resultados sendo observados em Indiana e Ohio. Os dois estados ficam a leste do cinturão, tendo recebido boas chuvas e precisando de mais alguns bons volumes para se consolidar bem.

“O mapa GFS gerado nesta manhã (29), indica para os próximos 10 dias, clima mais seco para as Dakotas, Kansas, Minnesota, Wisconsin e noroeste de Iowa. Chuvas leves para leste de Nebraska, sudeste de Iowa, Illinois, Indiana, Ohio e
Michigan. Para o sudoeste Missouri são esperados até 50 mm de chuvas”, complementa Sousa.

Do mesmo modo, o mercado também se atenta ao comportamento da demanda e do financeiro, ambos vetores que seguem influenciando o andamento das cotações.

“Os estoques semanais de farelo e óleos caíram novamente, esta é a sexta semana seguida de queda. As vendas de farelo nas últimas duas semanas foram bem maiores que a média, sinal de que a retenção de matrizes de suíno e o aumento médio do peso de abate dos animais começa a trazer resultados”, afirma o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities.

Assim, o bom ritmo das compras que foi registrado nas últimas semanas pode continuar nos próximos dias para que a nação asiática possa seguir garantindo sua cobertura na janela de setembro a janeiro.

Fonte: Notícias Agrícolas