A semana começa bastante positiva para os preços da soja na Bolsa de Chicago. Perto de 8h10 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 13,25 e 16,25 pontos nos principais vencimentos, com o julho sendo cotado a US$ 17,14 e o agosto a US$ 16,47 por bushel. O mercado da oleaginosa acompanha as altas de mais de 3% no mercado do trigo, que volta a refletir os ataques russos à Ucrânia.

“A Rússia continua avançando sobre o território da Ucrânia. Misseis atingiram Kiev no final de semana. A inteligência americana está muito cética com relação à criação do corredor de exportação de grãos. A reunião está marcada para essa quarta-feira em Istambul”, explica o analista de mercado Eduardo Vanin.

Ao lado da guerra, as altas entre os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago também passa pelo monitoramento do clima no Corn Belt – com novos números sendo reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta segunda-feira – bem como à demanda, em especial da China.

“A China continua nas compras de soja do Brasil para julho e para fevereiro. Na semana passada traders comentaram sobre 16-20 barcos. As compras nos EUA diminuíram bem. Nas últimas duas semanas o USDA confirmou cancelamentos de 180 mil toneladas para a safra 2021-22. A soja brasileira para julho e agosto está mais barata. A China ainda precisa comprar perto de 20 milhões de toneladas entre julho e outubro desse ano, volume que será suprido com um mix de soja do Brasil, dos EUA, dos leilões internos e da entrada da colheita local”, complementa Vanin.

Fonte: Notícias Agrícolas